O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy realizará uma reunião bilateral com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida na cúpula do G7 em Hiroshima.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, terá uma reunião bilateral com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante sua participação na cúpula do Grupo dos Sete, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do Japão.
Zelenskyy também participará de uma reunião sobre paz e segurança com os líderes do G7 e outros representantes de países durante a cúpula em Hiroshima, disse o Ministério das Relações Exteriores do Japão no sábado.
Espera-se que o líder ucraniano chegue a Hiroshima no sábado, depois de encerrar uma visita surpresa a uma cúpula da Liga Árabe na Arábia Saudita, onde pediu aos líderes do Oriente Médio que “ajudem a proteger nosso povo, incluindo [the] comunidade muçulmana ucraniana”.
No início da semana, Zelenskyy realizou uma viagem rápida à Itália, Vaticano, Alemanha, França e Reino Unido, onde líderes políticos se comprometeram a ajudar a reabastecer os suprimentos esgotados de mísseis, tanques e drones da Ucrânia.
Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, confirmou relatos na sexta-feira de que Zelenskyy compareceria pessoalmente à cúpula do G7, após indicações iniciais de que o líder ucraniano só participaria da reunião online.
A viagem de Zelenskyy ao Japão será sua primeira visita à Ásia desde que a Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Kishida, o anfitrião do G7, assumiu de longe a posição mais forte contra a guerra da Rússia na Ucrânia entre os líderes asiáticos, impondo sanções a centenas de entidades russas e prometendo bilhões de dólares em ajuda a Kiev.
Kishida está implementando o maior acúmulo militar do Japão desde a Segunda Guerra Mundial e repetidamente vinculou a situação da Ucrânia ao destino de Taiwan, que a China ameaçou “reunificar” com o continente chinês pela força, se necessário.
Em março, Kishida visitou a Ucrânia, onde Zelenskyy descreveu o líder japonês como um “poderoso defensor da ordem internacional” e “um amigo de longa data da Ucrânia”.
Nick Bisley, professor de relações internacionais da Universidade La Trobe, em Melbourne, disse à Al Jazeera que a presença de Zelenskyy seria um “grande impulso” para a cúpula e ajudaria a “mobilizar um ingresso de unidade na Rússia”.
Em Hiroshima, Zelenskyy deve reunir os países membros do G7 – Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos – para aumentar a pressão sobre Moscou para acabar com a guerra e aumentar seu apoio à Ucrânia.
Zelenskyy também deve manter conversações bilaterais com os líderes do G7, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden.
Na sexta-feira, os líderes do G7 prometeram endurecer ainda mais as sanções contra a Rússia para degradar sua capacidade de continuar sua “agressão ilegal” contra a Ucrânia. Espera-se que o clube das economias ricas revele uma série de medidas coordenadas visando a economia russa, embora haja divisões entre os membros sobre até onde devem ir as medidas punitivas.
Os EUA e o Reino Unido anunciaram na sexta-feira novas sanções unilaterais, incluindo a proibição de Londres às importações de diamantes russos.
Com informações do site Al Jazeera
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