A presidente Xiomara Castro continua a expandir as relações de Honduras com Pequim enquanto o país centro-americano busca um impulso econômico.
A administração da presidente hondurenha, Xiomara Castro, anunciou que viajará para a China no final desta semana, enquanto o país latino-americano busca laços mais fortes com Pequim.
“A convite do presidente Xi Jinping, irei visitar em missão especial com [Foreign Minister Enrique Reina] a República Popular da China entre 9 e 13 de junho”, disse Castro em um post no Twitter na segunda-feira. “A refundação de Honduras exige novos horizontes políticos, científicos, técnicos, comerciais e culturais.”
A viagem representa a crescente influência da China na América Central, onde países como Honduras têm procurado equilibrar as relações com os Estados Unidos contra seu desejo de intensificar o envolvimento econômico com Pequim.
A visita de Castro também ocorre vários meses depois que Honduras estabeleceu relações diplomáticas com a China em março, encerrando assim seu relacionamento formal com Taiwan.
A convite do Presidente Xi Jinping, visitarei em missão especial, @EnriqueReinaHNRepública Popular da China, de 9 a 14 de junho de 2023. A refundação de Honduras exige novos horizontes políticos, científicos, técnicos, comerciais e culturais.
— Xiomara Castro de Zelaya (@XiomaraCastroZ) 5 de junho de 2023
A China não permite que os países mantenham relações formais com Taiwan e Pequim, e o peso econômico da China induziu vários países da América Central a se afastarem de Taiwan em busca de laços mais fortes com a China.
A Costa Rica formalizou relações com Pequim em 2007, com Panamá, El Salvador, Nicarágua e República Dominicana seguindo o exemplo desde 2017. O número crescente de países fazendo a troca deixou Taiwan cada vez mais isolado: mantém relações oficiais com apenas 13 países.
Os Estados Unidos expressaram preocupação com o crescente domínio da China sobre a América Central, onde os EUA historicamente exerceram sua influência como a única superpotência da região.
As nações centro-americanas, no entanto, mostraram pouco interesse em escolher lados entre os EUA e a China, que abrigam a primeira e a segunda maiores economias do mundo, respectivamente.
Reina disse que o café seria a primeira exportação hondurenha para o mercado chinês. Ele acrescentou na segunda-feira que vários “acordos de cooperação” serão assinados durante a viagem de Castro.
A decisão de cortar relações com Taiwan supostamente ocorreu depois que a ilha rejeitou um pedido de um empréstimo de US$ 2,5 bilhões de Honduras para ajudar a resolver os problemas da dívida.
Após o estabelecimento de relações formais com Honduras em março, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, negou quaisquer pré-condições de assistência econômica, afirmando que as relações diplomáticas “não são algo para comércio”.
Com informações do site Al Jazeera
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