Ashraf Mohammad Ameen Ibrahim, 37, morre devido a ferimentos de bala após uma invasão das forças israelenses no campo de refugiados de Jenin.
Ramallah, Cisjordânia ocupada – Forças israelenses mataram um homem palestino e feriram outros durante uma operação noturna no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.
O Ministério da Saúde palestino disse na segunda-feira que Ashraf Mohammad Ameen Ibrahim, de 37 anos, morreu devido a ferimentos de bala no peito e no estômago.
Ibrahim era oficial dos serviços de inteligência da Autoridade Palestina, segundo a agência de notícias da autoridade, Wafa.
Centenas de residentes compareceram a uma procissão fúnebre realizada para ele horas depois que ele foi declarado morto, e as autoridades locais em Jenin anunciaram uma greve geral de um dia.
O ataque do exército israelense começou à 1h30 da segunda-feira (22h30 GMT de domingo) e durou até 6h (03h GMT), durante o qual eclodiram combates entre soldados e combatentes da resistência armada palestina. Não está claro se ou como Ibrahim estava envolvido na luta.
Pelo menos oito outros homens palestinos ficaram feridos com munição real e seis foram presos durante o ataque, durante o qual atiradores israelenses estavam estacionados nos telhados, informou o Wafa. As casas dos detidos foram saqueadas, mostraram imagens e vídeos da mídia local.
Forças israelenses realizam ataques quase noturnos sobre os palestinos nos territórios ocupados, muitas vezes prendendo várias pessoas.
Eles conduziram operações militares na Cisjordânia ocupada durante a noite, prendendo pelo menos nove outras pessoas em Nablus, Ramallah, Qalqilya e Hebron.
Ibrahim era um ex-prisioneiro que passou 11 anos em prisões israelenses. Ele foi preso em 2006 e solto em 2012, antes de ser preso novamente em 2014 e solto em 2019, de acordo com grupos de prisioneiros palestinos.
Israel intensificou seus ataques na Cisjordânia a partir de junho de 2021 para reprimir a resistência palestina à sua ocupação, centrada nas cidades de Jenin e Nablus.
Em 2022, as forças israelenses mataram mais de 170 palestinos, incluindo pelo menos 30 crianças, na Jerusalém Oriental ocupada e na Cisjordânia, no que foi descrito como o ano mais mortal para os palestinos que vivem nessas áreas desde 2006.
Desde o início de 2023, as forças israelenses já mataram pelo menos 158 palestinos, incluindo 26 crianças, segundo o Wafa. O número de mortos também inclui 36 palestinos mortos pelo exército israelense durante um ataque de quatro dias na sitiada Faixa de Gaza de 9 a 13 de maio.
Em 26 de janeiro, tropas israelenses mataram 11 palestinos em um ataque ao campo de refugiados de Jenin.
Com informações do site Al Jazeera
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