Docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) decidiram por entrar em greve a partir desta segunda-feira (18) por tempo indeterminado. A categoria tomou a decisão após tentativas de negociação com o Governo do Estado sobre ajuste salarial.
A categoria reivindica do governo o cumprimento de cargos, carreiras e salários (PCCS), que deve resultar na implantação de progressões, promoções e mudanças de regime de trabalho.
A falta de profissionais no quadro de servidores é outra reivindicação dos grevistas. A Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp) diz que são 300 disciplinas sem professores apenas nesse semestre, com professores classificados sem nomeação.
“A principal motivação da nossa greve é a falta de negociação com o governo do estado. Desde outubro do ano passado, a gente tenta negociar o respeito das progressões que não estão sendo implantadas aqui. Uma outra realidade é o concurso que aconteceu, onde o número de vagas não condiz com a realidade que a gente queria e mesmo eles sendo chamados, não atendeu a demanda”, declarou ao G1/PI a coordenadora da Adcesp, Rosângela Assunção.
A falta de investimentos na Uespi está entre os casos mais graves para os docentes. A categoria fala na falta de recursos para a manutenção da estrutura, pagamentos de terceirizados e de seguranças, além das bolsas estudantis, que foram cortadas.
“Os campi estão sem receber suprimento de fundo, sem internet, telefone, transporte e condições de funcionamento. Para ter uma ideia, os terceirizados estão quatro meses de salários atrasados. Nós queremos que a universidade seja respeitada, a gente possa trabalhar com dignidade, que os estudantes possam chegar aqui e ter acesso com que a instituição tem a oferecer que é ensino, pesquisa e extensão”, comentou Rosângela Assunção.
Até o momento, a Adcesp não tem como confirmar quantos campi decidiram por aderir à greve. A categoria vai se reunir em assembleia na próxima quinta-feira (21) no Palácio de Karnak.
A reitoria da Uespi assegurou que está empenhada em resolver os problemas e que está trabalhando junto ao governo do estado para atender as reivindicações.
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