A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta quarta-feira (12) a Operação Trevo, com o objetivo de desmontar uma quadrilha de lavagem de dinheiro que agia em 13 estados. A ação é comandada pela equipe da PF em Pernambuco, onde funcionava a sede da empresa que comandava o esquema nacional. No estado, o Piauí Cap é investigado pela Polícia Federal.
Estão sendo realizados mandados de busca e apreensão na sede do Piauí Cap, localizado na Avenida Frei Serafim, Centro de Teresina. Ao todo, 12 mandados de prisão temporário, 24 de prisão preventiva, 57 de busca e apreensão e 47 mandados de sequestro de valores, como de bens de imóveis e veículos de luxo são cumpridos.
Segundo a PF, as acusações contra a organização criminosa são também das práticas do jogo do bicho, distribuição de máquinas caça níqueis e até da emissão de bilhetes de loteria como título de capitalização.
Para a polícia, a organização criminosa operava por meio de loterias estaduais, cujo o valores arrecadados eram repassados as entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro ilícito retornasse ao grupo em um procedimento suspeito, com fortes indícios de lavagem de dinheiro.
A polícia afirmou ainda que o grupo tem sede no estado de São Paulo e era responsável por oferecer máquinas caça níqueis a Pernambuco, outros estados e até mesmo no exterior. No esquema de lavagem de dinheiro, a organização criminosa usava a empresa Ativa Brasil de fachada, que fazia com o dinheiro retornasse para o grupo.
O ramo da organização criminosa era movimentar dinheiro ilegalmente e estima-se que milhões de reais tenham sido desviados. Os investigados podem responder prática de crime de contrabando, crime contra o sistema financeiro nacional, jogos de azar, lavagem de dinheiro. Somando as penas podem passar dos 30 anos. Cerca de 300 policiais participam da operação.
O advogado do Piauí Cap, Igor Martins, acompanhou a ação e disse não ter informação sobre o caso, mas negou qualquer participação do grupo em lavagem de dinheiro.
Fonte: G1