"Dez carcaças de elefantes foram encontradas em Hwange anteontem. Dois suspeitos foram detidos e 14 peças de marfim, apreendidas", informou Caroline Washaya-Moyo, porta-voz da autoridade que administra os parques nacionais.
Muitos outros animais de espécies diferentes também sucumbiram ao envenenamento, segundo as autoridades, que não forneceram mais detalhes sobre o ocorrido.
Nas últimas semanas, doze pessoas foram detidas e no mês passado, três foram condenadas a penas de pelo menos 15 anos de prisão, combinadas com uma pesada multa de 600.000 dólares.
As autoridades também deram um ultimato aos moradores de uma cidade nos arredores do parque, acusados de possuir cianureto.
Os dirigentes de Tsholotsho imploraram o perdão das autoridades nacionais, destacando que se os moradores se tornaram cúmplices de caça ilegal, foi por causa da pobreza e não por ambição.
O parque, com extensão de 14.000 km2, é patrulhado por apenas 50 guardas, mas seriam necessários dez vezes mais patrulheiros.
Estima-se que existam nos parques nacionais do país mais de 120.000 elefantes.
Eles são vítimas de redes organizadas de caçadores ilegais, que exportam o marfim para a Ásia e o Oriente Médio, apesar de sua proibição desde 1989.
O tráfico de marfim é um negócio que rende 10 bilhões de dólares ao ano, segundo um especialista na proteção de animais selvagens.