Nas horas que antecederam a final do Campeonato Cearense de 2024, a operação Apito Final resultou na apreensão de um revólver calibre 38, duas bombas de fumaça e maconha. A ofensiva, conduzida pela Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em sedes das torcidas organizadas nos bairros Damas, Mondubim e Cocó, nas Áreas Integradas de Segurança 5, 9 e 10 (AIS 5, 9 e 10) da Capital. Dois dirigentes das torcidas organizadas foram conduzidos a unidades da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
O objetivo da operação é dissuadir a violência dentro e fora dos estádios. Ela é o resultado de um trabalho integrado entre a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e a Polícia Militar do Ceará (PMCE), junto ao Ministério Público. A ofensiva envolveu agentes das Forças de Segurança, lotados na Casa Militar, na Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS, policiais da PCCE e policiais do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) da PMCE. As medidas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), por meio da 10ª Vara Criminal de Fortaleza.
As investigações apontaram que as quatro sedes de torcidas organizadas funcionam, ocasionalmente, como ponto de apoio para facilitar a logística de organização de confrontos, depósitos de materiais contundentes e artefatos explosivos. Diante dos indícios, a Justiça cearense autorizou a medida cautelar no intuito de coletar mais elementos de autoria e materialidade. Além dos ilícitos, foram apreendidos 49 aparelhos celulares, três livros contábeis e um notebook. Os suspeitos e os materiais apreendidos foram conduzidos para o 2º Distrito Policial (2º DP), 13º Distrito Policial (14º DP) e 34º Distrito Policial (34º DP).