Dores na pandemia: além de costas e braços, joelhos também sofrem com sedentarismo

Mulher

Já se vão 16 meses que o cotidiano do brasileiro mudou completamente com a pandemia do novo coronavírus, que impôs um ritmo diferente no dia a dia. O isolamento social forçou a permanência em casa e, consequentemente, o sedentarismo, agravado pela adoção do home office. Com receio da exposição à doença, muitos deixaram os treinos de lado e pararam de frequentar academias, que passaram a ficar fechadas nas várias fases de planos de contenção da Covid-19.

As consequências podem ser percebidas no corpo: 41% das pessoas reclamam de problemas na coluna. Antes da pandemia, esse número não passava de 18%. É o que revela uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que mostra que as dores no corpo dos brasileiros, de modo geral, aumentaram com a pandemia.

Antes de 2020 as pessoas passavam, em média, quatro horas por dia na frente do computador. O home office aumentou consideravelmente o uso de laptop, celular e tablet. Essas atividades fazem as pessoas passarem mais horas sentadas, o que traz entre dores nas costas, braços e outras, a dor nos joelhos – na maioria dos casos diagnosticada como condromalácia patelar, que é o amolecimento da cartilagem que reveste o osso denominado patela, posicionado à frente do joelho.

De acordo com o médico ortopedista especialista em joelho, João Hollanda, o sedentarismo pode agravar esse quadro e é preciso exercícios. “Uma vez que a dor esteja controlada e não piore com exercícios específicos, o fortalecimento principalmente do quadríceps, glúteos e rotadores do quadril passa a ser a prioridade do tratamento”, recomenda.

Osteoartrite do joelho também preocupa

O ortopedista alerta também para o risco do aumento do número de casos de portadores de artrose (osteoartrite) do joelho, relacionado com a imobilidade que a pandemia provocou. A doença se configura como um desgaste da cartilagem nas articulações. “A artrose é comum também nos quadris e na coluna, que também são prejudicados pela imobilidade e pelo sedentarismo, e agravada pela fraqueza muscular e falta de condicionamento físico”, explica o médico.

João Hollanda alerta que a atividade física é ponto central do tratamento focado no fortalecimento muscular. Uma rotina adequada de exercícios deve ser prescrita a pacientes que relatam dor e têm sintomas de artrose. “Embora a maior parte dos pacientes com desgaste articular seja orientada sobre isso em consultas médicas, ainda há pouca orientação quanto ao tipo, frequência e intensidade dessas atividades”, ressalta.

Muitas vezes, a pouca atividade física traz dores correlatas, que podem refletir em outro ponto do corpo. É o que o médico João Hollanda aponta em relação à dor no joelho, que pode provocar dores na coluna e lombalgia, que agravam o quadro do joelho, formando um ciclo vicioso.

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