Trinta e um detentos foram mortos durante confrontos violentos em uma prisão de Guayaquil, no Equador, em meio a uma nova onda de violência que se espalhou para as ruas da província de Esmeraldas. A situação levou o presidente Guillermo Lasso a declarar o sistema penitenciário em emergência por 60 dias.
As prisões equatorianas têm sido cenário de massacres recorrentes desde fevereiro de 2021, totalizando mais de 420 detentos assassinados até o momento. Os confrontos envolvem facções criminosas vinculadas ao narcotráfico que disputam rotas do tráfico de drogas. O governo local respondeu com ações como o estado de exceção nos centros de detenção para enfrentar o crime organizado.
Esmeraldas, uma província fronteiriça com a Colômbia, também tem sido alvo de violência atribuída ao combate contra grupos criminosos que operam a partir das prisões. Um número indeterminado de reféns foi retido em Esmeraldas, e o governo suspendeu as atividades escolares e comerciais em meio aos alertas de bomba e artefatos explosivos desativados.
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A situação é ainda mais preocupante em Guayaquil, uma cidade que se tornou um epicentro de violência nos últimos anos e é um centro de operações do narcotráfico no país. O Equador, situado entre os principais produtores mundiais de cocaína – Colômbia e Peru – tem apreendido grandes quantidades de drogas, mas a violência prisional ainda persiste.
A resposta do governo com a militarização das prisões tem sido criticada pelo Observatório de Prisões, uma organização de defesa dos direitos humanos para os presos. O censo recente revelou que as prisões estão superlotadas, com uma população de 31.321 presos, a maioria por envolvimento com o narcotráfico.
A situação exige ações urgentes para conter a violência prisional e melhorar as condições dos detentos no Equador.
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