Nesta sexta-feira (11) a Polícia Federal levou à prisão o presidente da OAS, Elmar Varjão, e também mais três executivos das empresas Coesa Engenharia, Galvão Engenharia e Barbosa Melo estão temporariamente presos.
As prisões aconteceram durante a operação Vidas Secas da PF, que está realizando investigações de superfaturamento em obras da transposição do Rio São Francisco.
A PF não divulgou os nomes dos executivos. Segundo a Folha de São Paulo, o presidente da OAS foi detido em SP. A prisão, que assumiu caráter temporário, tem prazo de cinco dias, mas pode ser prorrogado. Segundo a Folha, trata-se de um desdobramento da Operação Lava Jato.
Conforme os investigadores, aproximadamente R$ 200 milhões foram desviados por empresários que se utilizaram de empresas de fachada. Até o momento, os contratos investigados são de R$ 680 milhões.
A PF, durante entrevista coletiva, afirmou que os investigadores fizeram a confirmação de que as empresas do doleiro Alberto Youssef e do operador Adir Assad foram usadas pelas empreiteiras para maquiar os desvios.
Dentre essas empresas estão a MO Consultoria, de Youssef, e a Legend Engenheiros, de propriedade de Assad. Os dois se encontram presos em Curitiba. O doleiro, confirmou os pagamentos dos subornos feitos pela OAS conforme o acordo de delação premiada.
Outra empresa que também participou do esquema a empresa JD Consultoria, que pertence ao ex-ministro José Dirceu (PT). Todos estão presos por participação ativa do esquema de corrupção na Petrobras.
A prisão do presidente da OAS causa um aprofundamento maior da crise onde está mergulhado o grupo depois da prisão de Léo Pinheiro, que foi condenado pela Operação Lava Jato. Léo Pinheiro foi condenado a 16 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, mas recorre em liberdade.
Presidente da OAS, Elmar Varjão
Edição e postagem: Denison Duarte
