Petro espera que a arriscada reformulação do gabinete revigore os esforços para promover reformas no Legislativo da Colômbia.
O presidente Gustavo Petro substituiu sete ministros em uma reformulação que espera revigorar sua ambiciosa agenda de reformas na Colômbia, uma plataforma que enfrentou obstáculos significativos desde que assumiu o cargo em agosto.
Petro anunciou as mudanças na quarta-feira, substituindo figuras importantes como o ministro da Fazenda, José Antonio Ocampo, e a ministra da Saúde, Carolina Corcho.
“Hoje está sendo construído um novo gabinete que ajudará a consolidar o programa do governo”, escreveu Petro em comunicado publicado no Twitter.
A surpresa é uma aposta que pode ser um momento decisivo no legado de Petro, já que o presidente de esquerda enfrenta desafios que vão desde garantir a paz com os grupos criminosos e rebeldes da Colômbia até reformar os sistemas trabalhistas e de saúde do país.
A reforma do sistema de saúde tem sido uma área-chave de discórdia, com Petro promovendo um plano que, segundo ele, expandiria o acesso aos pobres do país e aumentaria os salários dos profissionais de saúde.
Enfrentando a oposição do que chamou de “líderes políticos tradicionais e do establishment”, Petro sinalizou seu compromisso com as reformas expulsando figuras nomeadas para seu gabinete como um ramo de oliveira para poderosas forças conservadoras e de centro-direita, incluindo Ocampo.
“Reafirmamos nosso compromisso de sermos sempre fiéis ao mandato popular que recebemos e decidimos constituir um governo para renovar nossa agenda de mudança social”, acrescentou Petro.
Algumas figuras políticas, incluindo aliados proeminentes do presidente, expressaram preocupação de que o tiro audacioso pudesse sair pela culatra.
O presidente do Congresso e aliado do Petro, Roy Barreras, chamou a decisão de uma “crise sem precedentes” e disse que Petro estava “decretando a morte de sua coalizão”.
Ocampo foi substituído por Ricardo Bonilla, ex-professor universitário que atuou como secretário de finanças do Petro durante seu mandato como prefeito da capital Bogotá.
A Petro também nomeou aliados como o ministro do Interior, Juan Fernando Velasco, e Mauricio Lizcano, para o portfólio de tecnologia e comunicações.
A AFP informou na quarta-feira que Petro pediu a todo o seu gabinete que renunciasse, mas nenhum se ofereceu para fazê-lo publicamente.
Com informações do site Al Jazeera
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