Uma das duas geladeiras que são utilizadas para conservar cadáveres de vítimas de morte violenta no Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba, no litoral do Piauí, parou de funcionar. O equipamento apresentou superaquecimento do motor e segundo a coordenação, o problema teria sido ocasionado pela oscilação de energia na cidade. A unidade é responsável por atender pelo menos 10 cidades da região Norte do estado.
De acordo com o coordenador Charles Pitter, a outra geladeira não está funcionando por que está faltando algumas peças. “O estado não tem um técnico disponível para fazer a manutenção desses equipamentos quando apresentam problemas desse tipo. Aqui a situação está séria, pois temos que receber corpos e tentar liberar o mais rápido possível porque não temos como conservá-los”, disse.
Charles Pitter disse ainda que o problema já ocorre há mais de 20 dias e que o único técnico que realiza os trabalhos para o IML foi acionado, mas até o momento não tinha aparecido. “Já chamamos o técnico, porém acredito que ele ainda não veio porque o pagamento é feito depois que o governo faz o repasse ao IML e só depois repassamos ao prestador de serviço, esse processo pode durar mais de um mês. Acredito que por isso ele não veio”, argumentou.
O G1 tentou falar com a Secretaria de Segurança, mas a assessoria de comunicação informou que o secretário está viajando. Já a Eletrobras Distribuição Piauí disse em nota que desconhece qualquer problema que tenha ocasionado a queima da geladeira do IML, uma vez que não consta nenhuma reclamação registrada em seu sistema de controle operacional relacionado com o fato, nem tampouco, solicitação de ressarcimento de danos elétricos feitos pela unidade consumidora em questão.
A empresa disse ainda que o último problema relacionado ao IML foi registrado no dia 27 de maio deste ano e que o motivo foi a falta de energia.
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