Gays protestam por adolescente morto: ‘não foi suicídio’

Polícia

Cerca de 500 pessoas caminharam pelas ruas do centro em homenagem ao adolescente Kaique Augusto dos Santos, encontrado morto no último sábado

 Quando a noite começou a cair na cidade de São Paulo, cerca de 500 jovens se reuniram no Largo do Arouche, região central de São Paulo, para um ato em homenagem ao adolescente  Kaique Augusto dos Santos, 17 anos, encontrado morto no último sábado, na avenida Nove de Julho, em São Paulo.

 O garoto foi localizado sem vida pouco depois de deixar o mesmo Largo do Arouche, local em que teria participado de uma festa na semana passada. A polícia registrou o caso como suicídio. Porém, o rapaz estava com todos os dedos das mãos quebrados, sem os dentes e com uma barra de ferro cravada em uma das pernas. Familiares e amigos falam em homicídio e uma das hipóteses é que tenha sido provocado por homofobia.

 As cerca de 500 pessoas que se reuniram em homenagem ao garoto fizeram questão de refutar a tese de suicídio. Aos policiais militares que acompanhavam o ato, gritavam seguidamente: “ei, PM, não foi suicídio”. O corpo foi encontrado por policiais militares, que registraram a ocorrência na Polícia Civil.

Crimes de ódio que chocaram o País

O início do julgamento de um dos três skinheads acusados pela morte de um jovem de 20 e pela tentativa de homicídio de outro, ainda em 2003 em São Paulo, e o massacre que ocorreu em uma escola de Realengo no Rio de Janeiro são fatos marcantes de diversos crimes de ódio que têm acontecido pelo País.

Um dos que participaram do ato foi o cartunista Laerte Coutinho, que definiu assim a sua presença. “Eu estou aqui porque eu estou horrorizada com o que aconteceu. Estou também motivada a chamar a atenção da população como todo mundo aqui. Uma legislação antihomofóbica é totalmente necessária. Não é um privilégio, não é coisa nenhuma nesse sentido. É necessária por uma coisa democrática, um exercício de liberdade”, disse ele.

 Sobre a morte do garoto, ele disse que pode ser considerada uma tragédia. “É um horror, é um horror, um horror total. Eu acho que a gente faz bem extrair desse momento algum tipo de reflexão.”

 Tiago dos Santos Duarte, 21 anos, é estudante de Contabilidade e esteve com Kaique na madrugada da sua morte. “Nos encontramos na balada por volta da 0h. Ele estava muito feliz, um pouco bêbado. Era uma festa especial de open-bar, com bebida à vontade. Ele tinha dito que era a melhor balada dele até então. A última vez que eu o vi foi às 6h, quando a gente se despediu. Ele falou, ‘se cuida’. Ele disse que ia sentido estação. Foi a última vez que eu falei com ele”, afirmou.

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