A situação no Cruzeiro azedou de vez na noite dessa quarta-feira (09), e a palavra que ecoa nos corredores do Mineirão e nas conversas da torcida é uma só: drama. A derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, um time que, vejam só, tem uma folha salarial dez vezes menor que a do Cruzeiro, não foi apenas mais um tropeço. Ela colocou o time celeste na lanterna do Grupo E da Sul-Americana, complicando bastante a vida na competição continental.
A gente percebe que o clima anda pesado na Toca da Raposa. Essa foi a terceira derrota seguida do Cruzeiro na temporada – antes, já tinha perdido para Unión e Internacional. Para um clube que fez um investimento considerado robusto para 2025, essa sequência de resultados negativos é, no mínimo, preocupante. E não é só a torcida que está de olho. As recentes declarações do dono da SAF, Pedro Lourenço, já indicavam um certo descontentamento com os investimentos feitos e com a forma como o elenco foi montado.
Depois da partida contra o Mushuc Runa, que fez apenas seu quarto jogo internacional na história, o técnico Leonardo Jardim assumiu a culpa pela derrota. Ele sentiu o baque, claro, ainda mais com a repercussão das falas do Pedro Lourenço. E não parou por aí. O goleiro Cássio, um jogador experiente e com bagagem, desabafou sobre o sistema defensivo, apontando para o que ele chamou de “erros infantis”. Essa falta de solidez na defesa, aliada a uma dificuldade em transformar a posse de bola em chances claras de gol, tem sido um problema constante.
O fato é que o Cruzeiro não conseguiu impor o ritmo e a pressão esperados dentro de casa. Pelo contrário, viu o Mushuc Runa se sentir à vontade em campo, achando espaços e sendo mais eficiente nas finalizações. Os números não mentem: os equatorianos finalizaram mais vezes ao gol.
Agora, a situação do Cruzeiro na Sul-Americana vira um verdadeiro drama esportivo. Sem somar nenhum ponto em dois jogos, a distância para o líder do grupo, o próprio Mushuc Runa, já é de seis pontos. Para sonhar com a vaga direta nas oitavas de final, que é dada apenas ao primeiro colocado, o time mineiro vai precisar de uma campanha de recuperação imediata.
O caminho para essa recuperação passa, inevitavelmente, por melhorar o desempenho em campo e, talvez o mais importante nesse momento, acalmar os ânimos fora dele. A turbulência é evidente, e o clube precisa mostrar maturidade para que ela não se transforme em uma crise ainda maior.
A torcida, que compareceu ao Mineirão na expectativa de uma resposta positiva, saiu frustrada e com mais dúvidas do que certezas sobre o futuro do Cruzeiro nesta temporada. Resta saber se o time de Leonardo Jardim conseguirá encontrar o caminho da vitória e dar uma alegria ao seu torcedor.
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