A Polícia Civil do Maranhão, por meio da 3ª Delegacia Regional de Chapadinha, concluiu as investigações e indiciou o padrasto e a mãe pelo crime contra a menor Sterfany Ravena Gomes da Silva, de apenas 1 ano e 7 meses de idade. O inquérito policial reuniu um vasto conjunto de provas que confirmam que houve homicídio qualificado e que a criança foi submetida a um histórico de agressões e maus-tratos por parte do padrasto, com a omissão deliberada da mãe, culminando em sua morte brutal.
Nesta segunda-feira(24), uma equipe da Polícia Civil deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra a mãe da vítima pelo crime de omissão.
De acordo com a investigação criminal em Anapurus, o ocorrido foi registrado no dia 4 de março de 2025, quando Ravena foi agredida violentamente na região da cabeça, o que lhe causou traumatismo cranioencefálico e consequente óbito. No momento do crime, a vítima estava unicamente na companhia do padrasto e da mãe. A investigação descartou a versão inicial apresentada pelo casal, que alegava se tratar de um acidente doméstico, ou seja, uma queda de rede.
A investigação e os depoimentos de testemunhas revelaram que havia constantemente maus-tratos contra a criança, mantida durante longos períodos dentro de uma rede e, por vezes, privada de alimentação adequada.

O delegado Jesimiel Alves, titular da Delegacia Regional de Chapadinha, destacou que as investigações reuniram provas técnicas robustas que fundamentaram o indiciamento do padrasto e da mãe. Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) apontaram que a vítima apresentava múltiplas lesões na face e na região posterior da cabeça, causadas por instrumento contundente. Dessa forma, ficou descartada a hipótese de acidente doméstico, comprovando-se que a criança foi vítima de agressão e que se tratou de um homicídio cruel e violento, precedido de uma rotina de tortura e maus-tratos.
Ademais, ficou evidenciado que os investigados apresentaram versões contraditórias à Polícia Civil, tentando ocultar os maus-tratos e sustentando, inicialmente, a tese de um acidente doméstico.
Sendo assim, a mãe da criança também foi indiciada, pois, segundo as investigações, ela tinha plena ciência das agressões sofridas pela filha e, ainda assim, não comunicou os fatos à polícia ou ao Conselho Tutelar. Além de não afastar a vítima do agressor, ela manteve uma versão falsa sobre a relação do padrasto com a criança, caracterizando uma omissão penalmente relevante.
Vale lembrar que o padrasto foi preso em flagrante no mesmo dia do crime, permanecendo detido até a presente data.
Agora, o inquérito policial pelo homicídio em Anapurus será encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis.
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Fonte: Polícia Civil do Maranhão
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