Brasil é um dos países com maior violência policial do mundo, aponta relatório

Polícia

As imagens da câmera de Alan de Souza Lima, 15 anos, pretendiam registrar um momento de descontração entre amigos na favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel, no subúrbio do Rio de Janeiro. O celular, porém, filmou os últimos momentos de vida do adolescente, assassinado com um tiro da polícia militar na sexta-feira 20. A polícia afirmou que o grupo foi atingido em confronto. Um dos jovens sobreviventes, Chauan Jambre Cezário, negou a versão da PM. “Corri atrás dele só para pegar o celular, para parar de gravar”, diz. No vídeo, é possível ouvir dois homens perguntando por que os garotos corriam.
“A gente tava brincando, senhor”, responderam. A Polícia Civil disse em nota que, na ação, foram apreendidos um revólver e uma pistola. Chauan, também atingido pelos tiros, foi atuado em flagrante por porte de arma e resistência. Na quinta-feira 26, a Polícia Militar afastou da corporação nove PMs envolvidos, entre eles um tenente. Um relatório global, divulgado na terça-feira 24 pela Anistia Internacional, destacou a curva ascendente de homicídios no País, a alta letalidade nas operações policiais e o uso excessivo da força nas operações de policiamento. “A política de segurança pública militarizada está voltada para o confronto e não tem foco na inteligência”, diz Alexandre Ciconello, assessor de direitos humanos da Anistia Internacional. “Os meninos estavam conversando e levaram um tiro porque existem mecanismos como os autos de resistência que tentam transformar as vítimas em criminosos.”
Outro problema é o baixo índice de responsabilização de policiais. “É preciso melhorar a fiscalização sobre a atuação policial, criar um controle de munição e de armas e conscientizar a população de que com uma polícia que atua sob a lógica da guerra muitos inocentes serão mortos”, afirma Ignácio Cano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Enquanto a estratégia de guerra não for substituída, garotos como Alan e Chauan, que vende chá-mate na praia de Ipanema e sonha ser jogador de futebol, continuarão a engrossar a estatística – cerca de 70% – dos jovens moradores de periferia, negros, que são vítimas dos agentes de segurança. 
Fonte: exame
Foto: URBANO ERBISTE
Denison Duarte – Amarante (PI)

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