Atlético luta, vacila no fim e dá adeus ao sonho do bi da Libertadores

Esportes

O Atlético lutou, brigou, abriu o placar, mas vacilou no finalzinho e foi eliminado da Libertadores. O time empatou em 1 a 1 com o Nacional da Colômbia na noite desta quinta-feira (1º), no Independência, e viu o sonho do bicampeonato continental ficar para uma próxima edição da Libertadores.

O time começou bem, com uma postura aguerrida em campo e disposto a apagar as más atuações das últimas quatro partidas. Com muita marcação e velocidade, o time se impôs no primeiro tempo e abriu o placar com Fernandinho, um dos melhores em campo na etapa inicial, e conseguiu conter a velocidade dos colombianos levando o resultado positivo para o vestiário.

Na etapa complementar, o Galo seguiu com a boa postura até as mudanças de Levir Culpi, que tirou Tardelli, um dos motores do time, para a entrada de Guilherme. A saída do camisa 9 tirou o volume do time e, com a entrada de Réver no lugar de Pierre, o sistema defensivo se desequilibrou, abrindo espaços para os visitantes. Apesar do apoio constante da torcida, que em momento algum abandonou o time, o Atlético se apequenou no fim do jogo e, aos 43 minutos, sofreu o empate em uma falha de Victor.

Com o resultado, o Atlético Nacional fez valer a vitória conquistada em casa e segue na briga pelo caneco. Nas quartas de final os colombianos encaram o Defensor, do Uruguai, que se classificou em primeiro no grupo do Cruzeiro.  O primeiro jogo acontece no dia 7, já na próxima quarta-feira, e a volta no dia 14.

O jogo

O torcedor alvinegro que lotou as arquibancadas do Independência foi conferir a promessa de mudança de postura do Atlético. Após amargar dois empates e duas derrotas nos últimos quatro jogos, ao Galo só interessava a vitória. E foi com ímpeto de campeão que o time alvinegro deu seus passos iniciais no confronto contra os colombianos. A prova da dedicação em campo veio logo aos seis minutos. Victor saiu para tentar cortar a bola esticada para Cárdenas e Diego Tardelli estava lá para cobrir, como um verdadeiro zagueiro.

Com o time bem postado em campo, o Atlético pressionou muito nos primeiros minutos, no embalo da torcida que preencheu o Horto de cânticos, apoiando a cada jogada e vaiando o adversário. Apesar da maior posse de bola, o time alvinegro não conseguiu traduzir a superioridade em chances efetivas de gol nos primeiros 15 minutos, mas mostrou confiança , marcando forte a saída do Nacional, que não se intimidou, saindo com a bola dominada e levando perigo nos contra-ataques.

Aos 19 minutos, o Independência explodiu de alegria. Jô arrancou pela direita, passou pelo seu marcador e cruzou para Tardelli, que dividiu com o zagueiro e conseguiu mandar na trave. Pós o bate-rebate, a bola sobrou para Fernandinho na entrada da área. O atacante dominou de canhota, ajeitou para a perna direita (que não é a boa) e com capricho mandou no cantinho esquerdo de Armani que nada pôde fazer, 1 a 0 Galo.

O jogo ficou mais franco e aberto, com as duas equipes buscando o gol, já que o resultado até então levaria o jogo para a disputa de pênaltis. Aos 33 minutos, em um lance colombiano, o coração do torcedor alvinegro foi testado. Valencia recebeu na entrada da área, sozinho, e bateu. A bola saiu a esquerda de Victor, que já estava batido no lance. Com o passar dos minutos o visitante começou a gostar do jogo, aparecendo sobretudo pelas pontas com Cárdenas e Bocanegra. Contudo, a defesa do Atlético conseguiu conter a ânsia ofensiva dos colombianos, levando a vantagem para o vestiário.

Segundo tempo

O Atlético começou a etapa complementar com o mesmo ímpeto demonstrado durante os primeiros 45 minutos.  Ronaldinho, que ficou meio apagado, apareceu logo no primeiro minuto, cobrando falta que Armani defendeu com tranquilidade. O Atlético Nacional mostrou que não venderia fácil o resultado e seguiu aparecendo bem pelos lados do campo, com Valencia ganhando todas do jovem Alex. Do lado alvinegro, Tardelli seguiu mostrando muita vontade de apagar o fraco desempenho mostrado desde o início da temporada. Com o passar do tempo e com o placar levando para os pênaltis, a torcida passou a cantar mais alto, na tentativa de empurrar o time ao segundo gol. Passados 17 minutos, a falta do segundo gol deu ânimo ao Nacional que aos poucos equilibrou a partida.

Com a boa marcação dos visitantes, o Atlético tentou alçar diversas bolas à área, mas o goleiro Armani mostrou qualidade e ganhou todas. Ainda assim, Fernandinho e Tardelli seguiram dando opção pelas pontas, como alternativa para furar o bloqueio verde e branco.  Aos 24 minutos o Galo perdeu uma chance de ouro. Tardelli fez grande lançamento em profundidade na área para Jô, que avançou pela esquerda e bateu cruzado. A bola atravessou toda a extensão da área, assustando o arqueiro colombiano. Na busca pelo resultado, Levir fez duas mudanças e alterou radicalmente a estrutura do time, com Guilherme na vaga de Tardelli e Réver no lugar de Pierre.

Mal o time foi alterado, a defesa deu bobeira e deixou o veloz Cárdenas partir sozinho em velocidade. São Victor do Horto operou mais um milagre, saiu até a entrada da área e desviou a conclusão do colombiano. A bola seguiu de mansinho até sair pela linha de fundo, enlouquecendo o torcedor alvinegro. O tempo foi passando e o Atlético começou a mostrar uma certa desorganização em campo, se afobando no ataque e abrindo espaços na defesa. Ainda assim o Galo seguiu pressionando.  Aos 34 minutos o Atlético quase chegou ao gol definidor. Jô recebeu no meio, girou sobre a marcação e foi segurado por Henriquez, que como um âncora se pendurou na camisa do atacante e impediu a progressão. Ronaldinho cobrou a falta na área e o artilheiro alvinegro subiu muito para desviar de cabeça, mandando a bola para fora, mas muito perto da meta de Armani.

A última cartada de Levir foi colocar o prata da casa Marion na vaga de Fernandinho. Com 37 minutos o time partiu para o abafa, buscando o gol a qualquer custo. Contudo, o nervosismo e a responsabilidade de buscar o resultado fizeram com que o time errasse passes bobos no meio, complicando a saída de bola. Com isso, o Nacional aproveitou para gastar o tempo para encaminhar a partida para as penalidades. Guilherme ainda teve grande chance após receber de Marion. O atacante recebeu na área, fintou o marcador, mas bateu fraquinho, nas mãos do goleiro. Pouco depois foi a vez de Ronaldinho receber a escorada na entrada da área e bater para a defesa fácil de Armani. Para complicar mais a situação dos donos da casa, o meia sentiu a coxa esquerda no lance.

Nos últimos minutos o sufoco se inverteu e foi a vez dos visitantes fazerem pressão. E a insistência dos colombianos foi recompensado aos 43 minutos. Guilherme errou o passe na frente e o Nacional partiu em velocidade no contra-ataque. Cardona recebeu na esquerda e cruzou rasteiro para a área. Victor saiu mal e Duque, de carrinho e em posição duvidosa, mandou a bola para o fundo da rede, deixando tudo igual. A torcida não se deixou abalar e embalou os últimos minutos ao som do hino.

Ficha técnica

ATLÉTICO 1 X 1 ATLÉTICO NACIONAL

Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte
Data: 01 de maio de 2014, quinta-feira
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Assistentes: Diego Bonfa e Ivan Nuñez (ambos da Argentina)
Cartões amarelos: (Atlético) Victor (Atlético Nacional) Mejía, Bernal, Henríquez
Gols: Atlético: Fernandinho, aos 20 minutos do primeiro tempo
Atlético Nacional: Duque, aos 43 minutos do segundo tempo

ATLÉTICO: Victor; Alex Silva, Leonardo Silva, Otamendi e Emerson Conceição; Pierre (Réver), Leandro Donizete, Tardelli (Guilherme) e Ronaldinho; Fernandinho (Marion) e Jô
Técnico: Levir Culpi

ATLÉTICO NACIONAL: Armani; Peralta (Duque), Murrillo, Henríquez e Bocanegra; Bernal (Nájera), Mejía, Cardona e Cárdenas; Díaz (Arias) e Valência
Técnico: Juan Carlos Osório

Fonte: Hoje em Dia

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