Agricultura Urbana

Agricultura Urbana e Periurbana: Combate a fome e a pobreza

Geral

A Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) contemporânea vêm ganhando destaque no cenário mundial e nacional e reafirmando-se como um fator permanente nos processos de desenvolvimento sustentável das pessoas e da sociedade.
No Brasil, nos últimos 50 anos, o crescimento urbano transformou e inverteu a distribuição da população. Enquanto em 1945 a população que vivia nas cidades representava 25% da população total de 45 milhões, passou no início de 2000 para 82% do total de 169 milhões (FRICKE e PARISI, 2004). Segundo os autores HADDAD-KESSOUS e SABROU (2005), 30 milhões de agricultores migraram para as cidades.
Neste processo histórico, a maioria das famílias que migraram das zonas rurais perdeu a relação com a natureza e sofreu um processo de erosão de seus saberes e de transformação de costumes alimentares. Paralelo a isto, inconvenientemente as cidades e os seus sistemas econômicos não conseguem torná-las economicamente ativas, assim, não dispondo das condições apropriadas para satisfazer as suas necessidades sócio-culturais e de qualidade de vida.

Agricultura urbana e periurbana – os caminhos de resistência e luta

Questões como a fome e a pobreza de grande parcela da população mundial e os caminhos de resistência e de luta pela sobrevivência, que têm sido historicamente buscados pelas classes pobres de todo o mundo, são as raízes de um debate bastante atual sobre o papel da agricultura urbana e periurbana (AUP).  A produção agrícola, que é desenvolvida em torno dos grandes centros urbanos, está voltada geralmente para o abastecimento de produtos hortícolas, destinados às classes sociais urbanas que podem pagar por dieta alimentar rica e variada. Essa produção tem ganhado nova dimensão, que incorpora o avanço e as necessidades originárias de uma agricultura urbana (AU), materializada como alternativa para populações excluídas.
Conceitualmente, a AUP caracteriza-se por dinâmicas sócio-econômicas e práticas agrícolas distintas, formada tanto pela produção hortícola estruturada para o abastecimento do mercado. Estudos desenvolvidos pela Food and Agriculture Organization (FAO), em diversos países, têm mostrado a importância de repensar a AUP em todos os seus aspectos de forma a minorar diferentes e numerosos problemas enfrentados pela população dos grandes centros urbanos, especificamente as populações carentes dos países mais pobres ou que apresentam grandes desigualdades sociais.
A AUP é entendida pela FAO (1999a) como um fenômeno de importância crescente em quase todas as cidades, o que demanda informações mais amplas sobre o  volume e tipo de alimento produzido, custo da produção, preço, mercados aos quais se destina, entre outros, para que sejam otimizadas as possíveis soluções e que se viabilizem alternativas para os problemas dela originados. Tanto os caminhos promissores da AUP como seus problemas exigem um trabalho de complexa interação de fenômenos sociais, econômicos e ambientais.
José Augusto S. de Oliveira
Técnico Agrícola
Especialista em Irrigação e Drenagem
Membro Inovagri
Filiado ABID
Colaborador Greenpeace Brasil

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