Last updated on 4 de abril de 2025
A prisão da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), ocorrida nesta quinta-feira, desencadeou uma série de desdobramentos significativos no âmbito da Operação Escudo Eleitoral. A parlamentar é suspeita de envolvimento com facção criminosa e participação em um esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro. Esta é a segunda fase da operação, com a primeira tendo ocorrido em dezembro de 2024.
Além da prisão preventiva da vereadora, a Polícia Federal também decretou a prisão preventiva de Alandilson Passos, namorado de Tatiana, que já estava detido em Minas Gerais. Stênio Ferreira, padrasto da vereadora, apontado como operador financeiro do esquema, foi afastado de suas funções públicas na Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Uma assessora da vereadora, Emanuelly Pinho, que atuava na Câmara Municipal e no Instituto Vamos Juntos, também foi afastada.
Vereadora presa em Teresina | Desdobramentos
Um dos desdobramentos da prisão da vereadora Tatiana Medeiros foi a suspensão das atividades do Instituto Vamos Juntos, ONG fundada pela parlamentar, bem como a suspensão do recebimento de recursos públicos pela organização. Durante buscas no instituto, a PF encontrou documentos como listas de eleitores e um “Relatório Votos Válidos” com registros de pagamentos via pix. Houve também a recuperação de informações destruídas de aparelhos eletrônicos da vereadora presa.
As investigações apontam que a vereadora Tatiana Medeiros teria utilizado sua candidatura para favorecer interesses ilícitos, promovendo um esquema de compra de votos financiado pelo crime organizado e mantendo vínculos com membros de uma facção criminosa. A Polícia Federal também investiga o papel de Stênio Ferreira como intermediador nos pagamentos e a relação deste com o namorado e a mãe da vereadora, Maria Odélia Medeiros, cujo veículo foi apreendido. A defesa da parlamentar presa alega que a prisão é arbitrária.
A Câmara Municipal de Teresina cumpriu as medidas cautelares e afastou Tatiana Medeiros de suas funções. A audiência de custódia da vereadora presa está marcada para esta sexta-feira no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) esclarece que o órgão não é alvo da investigação realizada pela PF no âmbito da Operação Escudo Eleitoral. Ao mesmo tempo, informa que está prestando, junto aos órgãos competentes, todas as informações solicitadas, já que um servidor foi citado na referida operação.
Nota da Assembleia Legislativa
A Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí informa que a Alepi foi oficialmente notificada pelas autoridades competentes acerca da operação Escudo Eleitoral e que não possui em seu quadro funcional, até o momento, nenhum servidor investigado na operação.
Ressalta que Assembleia Legislativa do Estado do Piauí não possui qualquer envolvimento com os crimes objeto da investigação e que a Alepi, como instituição pública e transparente, coloca-se à disposição das autoridades para contribuir para a melhor elucidação dos fatos.
Por fim, a Casa reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o fortalecimento das instituições democráticas, sempre atuando de forma a garantir a confiança da sociedade nos processos institucionais.
Com informações do site Cidade Verde
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