Três PMs poderão ser expulsos por soltar presos ilegalmente

Polícia

A Corregedoria da Polícia Militar expulsou cinco policiais no ano de 2013 e somente no primeiro semestre do ano passado foram instaurados 1.005 procedimentos para investigar casos de desvio de conduta no Piauí. Entre eles, dois acusado de soltar presos durante recambiamentos. Para 2014, o órgão apura o envolvimento de três policiais no mesmo crime.

O corregedor adjunto, tenente coronel Ricardo Lima, estima que o número tenha chegado a dois mil até o final de dezembro. “A maioria dos casos é denúncia de abuso de autoridade, lesão corporal e constrangimento. Geralmente, denúncias realizadas por pessoas que reagem à prisão”, explicou.

Expulsão

Um dos PMs expulso no ano passado respondeu processo por estupro e foi considerado culpado. Outros dois foram expulsos no final de dezembro por integrarem uma quadrilha organizada para liberação de presos de alta periculosidade.

“Era um sargento e um soldado. Eles faziam parte de uma quadrilha liderada por advogados que em Brasília falsificavam documentos do judiciário e conseguia a transferência de presos de outros estados para o Piauí. No caminho liberavam os detentos”, explicou o corregedor.

A investigação da Polícia Militar começou em 2011 com juiz federal questionou a PM do Piauí sobre o deslocamento de policiais para recambiar presos. Os militares expulsos teriam liberado o líder da quadrilha Rei do Cangaço ao transferi-lo do presídio de segurança máxima de Minas para Teresina. Esse bando era especialista em assaltos a banco e carro forte.

Outra sindicância apura o envolvimento de mais três policiais no recambiamento de presos de Brasília para Canto do Buriti que teria ocorrido entre 2011 e 2012, mas os detentos nunca chegaram ao destino final. Os PMs expulsos também estava envolvido.

Casos recentes

Sobre os policiais presos na operação União e operação Certame, o corregedor considera que os atos foram causados por uma “pobreza ética” e garantiu que todos os casos serão investigados, inclusive o do subtenente Givaldo Araújo da Silva que está sendo acusado de desviar materiais do almoxarifado do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ), preso na operação Depeculatus deflagrada ontem.

“Existe hoje uma cultura do consumo desenfreado, aliado a um pensamento de que nada vai ser investigado ou punido. Abrimos uma sindicância para apurar a repercussão do crime no âmbito administrativo, cujo resultado sai em 40 anos e é um ato preparatório para o processo. A expulsão ou não será determinada em quatro ou seis meses se não houver reincidência. Até lá ele fica afastado das funções”, destacou o corregedor adjunto.

Givaldo está desde 1985 na PM, há dez anos servia ao TJ e há dois trabalhava no almoxarifado. Além do salário, ele recebia uma gratificação pela função. “Mesmo com a gratificação, ele ostentava com o padrão de riqueza incompatível com o valor que recebia”, finalizou.

Fonte: Cidade Verde

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