Last updated on 10 de fevereiro de 2025
Os três maiores bancos privados do país encerraram o ano de 2024 com um lucro líquido combinado de R$ 74,8 bilhões, representando um aumento de 22,1% em comparação com 2023. Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento do crédito. No entanto, as instituições financeiras demonstram cautela para 2025 devido a um cenário econômico desafiador.
Resultados de 2024
O Itaú liderou a expansão da carteira de crédito, com um crescimento de 15,5% em um ano. Este aumento foi influenciado pelo câmbio e pelo desempenho das carteiras de micro, pequenas e médias empresas, além de clientes pessoa física. Houve também um aumento de 4,9% em cartões de crédito, concentrado nos segmentos de média e alta renda.
O Santander focou em linhas de crédito específicas, como a de veículos, com um crescimento de 20% na carteira de automóveis.
O Bradesco também teve um desempenho positivo, com um aumento de 32,7% na margem financeira líquida devido à redução nas provisões contra inadimplência.
Perspectivas para 2025
Apesar dos resultados positivos em 2024, os bancos esperam um crescimento menor do crédito em 2025, devido à previsão de alta de juros e desaceleração da economia.
- O Itaú prevê um crescimento de até 8,5% em sua carteira de crédito e uma expansão maior na margem, de até 11,5%.
- O Bradesco espera crescer entre 4% e 8%.
- O Santander sinalizou que o ano será de desaceleração, com um crescimento na mesma ordem de grandeza de 2024.
Cenário Econômico
A alta da taxa Selic, prevista para chegar a 15,75% ao ano no final de 2025, é um fator de preocupação para os bancos. Além de impactar a renda das famílias, o aumento da Selic deve desacelerar a atividade econômica, com potencial para aumentar o desemprego. O Itaú espera um aumento das provisões contra a inadimplência neste ano, refletindo um cenário econômico desafiador.
Adaptação e Estratégias
- Os bancos estão adotando estratégias de gestão de risco e se mostram preparados para reagir a diferentes cenários.
- O Itaú busca reduzir a exposição a clientes de maior risco.
- O Bradesco já desacelerou o ritmo de concessão de crédito no último trimestre de 2024.

Com informações do site Isto é Dinheiro
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