Em uma nova fase da Operação Quebrando a Banca, a Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), prendeu nesta quinta-feira (15), em São Luís, um homem apontado como suspeito de fornecer de entorpecentes para um dos líderes de uma organização criminosa envolvida na divulgação de jogos de azar, especificamente do Jogo do Tigrinho.
A prisão foi realizada após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva, expedido no curso da operação, que já havia identificado o suspeito como responsável pelo repasse de grandes quantidades de entorpecentes ao líder do grupo criminoso. As substâncias eram então revendidas pelo chefe da organização.
“O suspeito, que estava foragido há mais de oito meses, foi localizado após a Polícia Civil cumprir um mandado de busca e apreensão no endereço onde ele se escondia. No local, além da prisão, os policiais encontraram uma pistola com a numeração raspada, além de substâncias ilícitas como cocaína e maconha”, destacou o delegado Pedro Adão, da SEIC, que conduziu esta fase da Operação Quebrando a Banca.
Além da prisão preventiva, o homem foi autuado em flagrante pelos crimes de posse de arma de fogo com numeração suprimida e tráfico de entorpecentes. Após os procedimentos legais na SEIC, o suspeito será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da justiça.
A operação Quebrando a Banca segue em andamento, com a Polícia Civil intensificando as investigações para desmantelar completamente a estrutura da organização criminosa e coibir a prática de crimes relacionados a jogos de azar e tráfico de entorpecentes no estado.
Fique por dentro
No último dia 9, um ex-segurança da principal influenciadora e promotora do Jogo do Tigrinho no Maranhão foi preso pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, ele usava distintivos da polícia e se passava, ainda, por perito e investigador.
Ele se dizia investigador e oferecia serviços de veículos roubados, cobrando altos valores. Após receber o dinheiro, no entanto, desaparecia sem prestar o serviço prometido, causando grandes prejuízos às vítimas. Ele foi preso mediante mandado de prisão preventiva, e a polícia segue investigando sua suposta atuação como estelionatário.
Relembre
A Operação Quebrando a Banca foi deflagrada, pela primeira vez, em setembro do ano passado. À época, o Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC) deu cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, incluindo uma oficina mecânica.
O principal alvo daquela primeira fase foi uma influenciadora digital e divulgadora do Jogo do Tigrinho no Maranhão. Com ela, os policiais apreenderam três veículos, sendo dois de luxo, três motocicletas e uma moto-aquática.
Numa fase seguinte, o objetivo foi o cumprimento de cinco mandados de prisão, 10 mandados de busca e apreensão e um mandado para implementação de cautelar diversa de prisão consistente na instalação de tornozeleira eletrônica.
Os líderes do grupo foram presos em um hotel de luxo na cidade de Fortaleza (CE), onde estavam hospedados para a realização de uma festa de lançamento de uma plataforma de jogos de azar, entre eles, a influenciadora de maior destaque na promoção do Jogo do Tigrinho no Maranhão, a mesma que foi alvo na primeira etapa. Ela foi detida após apresentar documentos falsos no momento em que foi levada a uma delegacia da capital cearense para implantar tornozeleira eletrônica, como medida cautelar.
Em fevereiro, em mais uma ofensiva da Polícia Civil, oito mandados de prisão preventiva expedidos foram cumpridos, cinco deles contra advogados apontados como facilitadores de informações contidas em processos sob segredo de justiça, visando favorecer indivíduos citados nos autos. Os outros três presos figuravam como investigados no processo que teve o sigilo violado.
Alguns dos dados obtidos pelos advogados, conforme as investigações, foram negociados com a mãe e o padrasto da influenciadora que motivou a operação, isto é, a principal disseminadora do Jogo do Tigrinho no Maranhão. Os advogados chegaram a receber R$ 300 mil pelas informações extraídas indevidamente e através do acesso ao PJE de um ex-assessor do Ministério Público, que deveria ter sido desabilitado após sua exoneração.
Fonte: Polícia Civil do Maranhão
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