STRFA no Grito da Terra – O 21º Grito da Terra reuniu aproximadamente 3 mil pessoas nesta terça-feira (23), em frente a Assembleia Legislativa, em Teresina.
Em caminhada, agricultores seguiram para a Praça Pedro II, no centro da capital.
O evento teve a participação maciça dos trabalhadores rurais do Piauí, dentre eles, diretores de Sindicatos de todo o Estado.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Amarante (STRFA) participou do evento representando a classe trabalhadora do município.
O Grito da Terra no Piauí reúne a cada ano agricultores que sofrem com a falta de políticas públicas. A exemplo dos anos anteriores, a classe protestou contra as dificuldades que afetam as famílias no campo.
O tema deste ano foi ‘Democracia sim, retrocesso não, das conquistas não abro mão’. A Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Piauí (Fetag-PI) esteve nesta segunda-feira em reunião com o governador Wellington Dias em busca de celeridade na execução de políticas públicas que beneficiem o homem do campo.
Na pauta de reivindicações dos agricultores estão direitos sociais, previdenciários, salários dignos, o fim da violência contra a mulher, defesa da vida, a luta pela Agricultura Familiar, Agroecologia, dentre outros.
“O Grito da Terra é a oportunidade de colocarmos para o governo e à sociedade a problemática que afeta o homem do campo. Nós da Fetag estamos trazendo como parte das reivindicações a atenção do governo em relação à estiagem”, afirmou a presidente da Fetag-PI, Elisângela Moura.
Ela lembra ainda que, dentre os prejuízos do homem do campo, está a perda de rebanhos em razão da estiagem.
“Entregamos no dia 10 de agosto uma pauta de reivindicações ao governo. Nós estamos atravessando uma das piores secas do país e muitos trabalhadores chegam a disputar água com os animais. Muitos estão perdendo o seu rebanho por falta de água e alimentos. Entendemos também que o Emater precisa estar estruturado para uma melhor assistência ao homem do campo”, reforça.
STRFA no Grito da Terra
Para a presidente do STRFA de Amarante, Luíza Neta, o evento é transformador, mas é preciso um olhar mais atento do governo às reivindicações. “Não basta apenas entregar a pauta, não basta apenas fazermos a nossa parte. É preciso que o governo acolha as reivindicações e execute as políticas públicas que compõem o quadro de melhorias para o homem do campo.”
O 21º Grito da Terra teve também a participação de coordenadores de polos e entidades parceiras do movimento sindical.
Fotos: Leomar Duarte