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Soldado maranhense tem perna amputada após pisar em mina na Ucrânia

Last updated on 5 de julho de 2025

Rafael Paixão, um soldado de 29 anos, natural de Imperatriz, Maranhão, teve parte da perna esquerda amputada após pisar em uma mina “borboleta” durante uma missão na guerra da Ucrânia. Ferido, ele precisou se arrastar por cerca de nove quilômetros até conseguir socorro.

Estado de saúde do soldado maranhense

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O acidente ocorreu durante uma missão no conflito entre Ucrânia e Rússia. Rafael pisou em uma mina do tipo “borboleta”, caracterizada por seu pequeno tamanho (cerca de 7 a 10 centímetros de largura) e formato que lembra uma hélice. Essas minas são proibidas pela legislação internacional, pois podem ferir e matar civis indiscriminadamente.

A família de Rafael recebeu notícias do jovem nessa quarta-feira (2), por meio de uma ligação feita do hospital onde ele está internado. Segundo os parentes, o quadro de saúde é estável, mas Rafael passou por uma cirurgia delicada e perdeu a perna do joelho para baixo. A mãe de Rafael, Neila Paixão, relatou em vídeo que o filho andou nove quilômetros arrastado por outro militar.

Antes de se alistar, Rafael cursava direito em uma faculdade particular em Imperatriz. Em agosto de 2024, ele deixou os estudos e se mudou para a Holanda com a então namorada. Após o fim do relacionamento, Rafael decidiu se voluntariar no exército da Ucrânia, onde passou a integrar o 3º batalhão de brigada de assalto 20. Durante um período de mais de 20 dias, o maranhense chegou a ficar incomunicável, o que levou a boatos e fake news sobre sua morte. A informação foi desmentida pelo próprio Rafael em chamada recente à família.

A mãe de Rafael conta que ele foi influenciado a se voluntariar pelos colegas que conheceu na Holanda. A família chegou a enviar e-mails ao governo da Ucrânia e tinha reuniões agendadas com autoridades brasileiras para tentar obter informações enquanto Rafael estava desaparecido.

O conflito teve início em fevereiro de 2022, quando o presidente russo Vladimir Putin autorizou a invasão da Ucrânia. As regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas pelos russos como independentes, foram o ponto de partida. A guerra tem causado milhares de mortes, milhões de refugiados e grande destruição. A Ucrânia tem recebido apoio militar, financeiro e humanitário de países do ocidente, como os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, enquanto a Rússia enfrenta sanções econômicas severas. No início da guerra, em 2022, mais de 100 brasileiros se voluntariaram para lutar no exército ucraniano, embora o número atual não seja preciso. O conflito segue sem resolução definitiva, com combates intensos no leste e sul da Ucrânia.

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Com informações do g1/MA

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