O prazo para que os 498 detentos que foram beneficiados com a saída temporária voltassem aos presídios terminou na última quarta-feira (1º).
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), cerca de 7% não voltaram aos presídios, descumprindo a determinação judicial.
“O que a gente vê muito é o aumento da criminalidade e das ocorrências por onde estão esses detentos que estão em saída temporária devidamente autorizada. No Piauí, esse número de detentos tem um alcance muito grande, porque não é só a Colônia Agrícola Major César que tem esse tipo de detento em progressão de regime, temos várias outras unidades em que eles estão, inclusive, irregularmente”, denuncia ao Portal O Dia o presidente do Sinpoljuspi Kleiton Holanda.
Segundo ele, o cidadão é o mais prejudicado por causa do aumento da criminalidade. “Essa criminalidade é sentida na pele pelo cidadão que vê seu celular roubado, sua casa roubada, assassinatos acontecem, comerciantes mortos, então tudo isso é fruto de uma medida que está legalmente, mas que não atinge o objetivo que é melhorar a relação do detento com a sociedade”, completa.
O benefício da saída temporária é concedido a presos com bom comportamento do regime semiaberto que até a data da saída tenham cumprido 1/6 da pena, em casos de réu primário, ou 1/4 se forem reincidentes, conforme o artigo 123 da Lei de Execução Penal. Para o Sinpoljuspi, a autorização não atinge o objetivo de melhorar a inserção do detento no meio social.
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