A Polícia Federal, numa ação conjunta com os Ministérios Públicos Federal e Estadual, prendeu nesta quinta-feira (14) o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto por envolvimento em organização criminosa acusada de desviar R$ 3,9 milhões dos cofres públicos em compras superfaturadas na área da Saúde.
Mário Peixoto é dono de empresas que firmaram contratos com a gestão do governador Wilson Witzel e do ex-governador Sérgio Cabral. A ação é resultado da Operação Favorito, que foi desencadeada com o objetivo de desmantelar a organização criminosa responsável pelo desvio, e envolve duas investigações: uma do MP estadual e outra do MP federal – ambas com alvos em comum, sendo uma pessoa física e duas jurídicas.
Cerca de 120 policiais federais com apoio de auditores fiscais da Receita Federal cumprem 42 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O nome da operação tem relação com o número de contratos e o tempo de relacionamento do empresário com a administração pública, ou seja, vários anos sendo o “favorito”.
De acordo com a Polícia Federal, ele tem contratos atuais com o governo fluminense para fornecimento a hospitais de campanha que foram construídos com a finalidade de receber pacientes com coronavírus.
Foram expedidos cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão no âmbito da apuração do Ministério Público estadual. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Segundo o Ministério Público estadual, foram desviados R$ 3,95 milhões pela organização criminosa.
O desvio do dinheiro foi feito por meio de pagamentos superfaturados a uma empresa responsável pelo fornecimento de alimentação às unidades de saúde.
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