Petrobras ganha aval para captar até R$ 3 bilhões no mercado por meio de títulos de dívida

Comércio

O novo Conselho de Administração da Petrobras, que se reuniu na sexta-feira, autorizou a companhia a emitir R$ 3 bilhões em debêntures, títulos de dívidas utilizados por empresas para captar dinheiro no mercado. Embora a companhia já tenha captado quase R$ 30 bilhões em linhas de financiamento e empréstimos, ela ainda não emitiu títulos de dívida — até a recente publicação do balanço financeiro de 2014 da companhia, o consenso era que as portas do mercado de capitais estavam fechadas à petrolífera.
“A companhia irá avaliar as condições de mercado e sua necessidade de captação ao longo de 2015 para a tomada de decisão final a respeito da realização da emissão. Caso opte pela execução da operação, serão divulgadas todas as informações relevantes, aprovações societárias e demais documentos da emissão, conforme requerimento legal”, informou a empresa em comunicado.
Em entrevista ao GLOBO publicada no dia 26 de abril, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que “o problema de financiabilidade (da empresa) deste ano já está resolvido” e que novas captações não seriam necessárias. Isso porque os quase R$ 30 bilhões obtidos em empréstimos, linhas de financiamento e acordos de venda com arrendamento de plataformas — com o China Development Bank (CDB, banco de fomento do país asiático), o Banco do Brasil, a Caixa, o Bradesco e o Standard Chartered — já seriam suficientes para fazer frente aos compromissos financeiros da empresa.
“O mercado se abriu de novo para nós. O que eu garanto é que o problema de financiabilidade deste ano já está resolvido. Posso tocar a vidinha aqui quietinho até dezembro sem necessidade de novas captações”, disse Bendine na entrevista.
ENDIVIDAMENTO EM FOCO
De acordo com o comunicado da Petrobras, as debêntures a serem emitidas serão para distribuição pública, não conversíveis em ações e da espécie quirografária (que não prevê qualquer tipo de garantia ou privilégio ao credor). Os conselheiros autorizaram a companhia a emitir até 300 mil debêntures, cada uma valendo R$10 mil. O valor total de R$ 3 bilhões ainda poderá ser aumentado em 20% em um lote adicional de debêntures, atingindo R$ 3,6 bilhões.
— Como captar segue sendo uma necessidade e a emissão de ações parece descartada, o provável é que ela utilize esse aval. Se as debêntures forem bem absorvidas, é porque os investidores estão voltando a confiar na empresa — avaliou Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos. — O endividamento, que é motivo de preocupação para o mercado, vai subir um pouco mais, mas a empresa precisa se capitalizar, porque tem algumas dívidas de curto prazo
O balanço divulgado sexta-feira mostrou que o endividamento líquido da Petrobras subiu de R$ 282 bilhões no quarto trimestre de 2014 para R$ 332 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Mas como a geração de caixa também subiu , a relação entre a dívida e o caixa — ponto sensível da saúde financeira da empresa, segundo analistas — caiu de 4,77 vezes para 3,86 vezes.
via: Jornal O Globo.

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