Dentre os presos na Operação Vigiles, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí nesta quinta-feira (17), estão os franciscoenses Monnuery Pacheco e Emerson Araújo, e também a amarantina Valéria Vanessa.
Eles, segundo a Secretaria de Segurança do Piauí, integravam a quadrilha que fraudou o concurso público do Corpo de Bombeiros do Piauí, realizado em 2014.
A Operação levou à prisão 27 pessoas, de acordo com o balanço da Polícia Civil, nesta quinta-feira. Outros nove integrantes estão sendo considerados foragidos pela Polícia Civil.
Em entrevista à imprensa do Piauí, delegados apontaram que a quadrilha era composta de advogados, candidatos e fiscais.
Aproximadamente 15 dos envolvidos estavam em aula nesta quinta-feira no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros quando receberam voz de prisão.
Com o cumprimento da Operação, o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Carlos Frederico, afirmou que o curso de formação está suspenso temporariamente.
“O curso de formação está suspenso temporariamente para que possamos deliberar sobre os próximos passos. Não esperávamos que isso pudesse ocorrer numa instituição com credibilidade e confiabilidade como é o Corpo de Bombeiros”, disse ele.
Em entrevista ao Somos Notícia, o delegado geral de Polícia Civil, Riedel Batista, afirmou que as penas imputadas aos envolvidos vão variar conforme a participação deles na fraude.
“Todos são acusados de associação criminosa. Além disso, alguns vão ainda ter uma tipificação, disse ele.
O delegado disse ainda que “o próximo passo será ouvir os envolvidos para conclusão do inquérito policial, que será encaminhado à justiça”.
Alguns integrantes presos nesta quinta-feira estão com prisão temporária e outros com prisão preventiva e alguns vão ter a prisão convertida de temporária para preventiva.
A prisão temporária, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem duração de cinco dias, prorrogáveis por igual período. A prisão preventiva não tem prazo definido, e pode ser decretada em qualquer fase da operação.
De acordo com o secretário Riedel Batista, ainda são nove os foragidos. Todos estão sendo procurados pela polícia.
As investigações da Operação Vigiles foram iniciadas em abril de 2016, logo após a Operação Véritas, que também investigou fraudes em concursos públicos no Piauí e Maranhão e culminou com prisões de membros da quadrilha nos dois estados.
Riedel Batista aponta que o sucesso da operação serve para coibir a prática de fraudes em concursos públicos. “Essa investigação, assim como sua divulgação, colaboram para coibir a prática. Outro fator de relevância é a mudança da metodologia dos institutos na realização de concursos públicos.”