Por Janguiê Diniz*
O futuro já chegou para todas as empresas. Estar conectado e atualizado em relação as novas tecnologias, inteligência artificial e disrupção é obrigatório, independente do setor de atuação do seu negócio. Junto com essa nova forma de pensar, tivemos um crescimento exponencial do ecossistema das startups, sempre com uma visão nova de como resolver um problema.
Em 2011 existiam no Brasil cerca de 100 startups. Número que disparou para 400 em 2012. O dado mais atual, divulgado no começo de 2019 pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), cita que existem mais de 10 mil startups no país. Isso significa dizer que o mercado promissor das startups tornou-se realidade, porém, para poucos investidores. Surgiram, então, as startups unicórnios, avaliadas em bilhões de dólares.
Como qualquer empresa, o objetivo das startups é atrair a atenção do mercado para suas soluções disruptivas em qualquer tipo de situação, com um modelo de negócio que seja replicável e possua escalabilidade. No Brasil, o ecossistema da inovação ainda é considerado pequeno quando comparado aos outros ecossistemas globais. Na realidade, a mortalidade de startups permanece maior do que qualquer outra atividade econômica – 74% fecham após cinco anos, 18% antes mesmo de completar dois anos, segundo pesquisa da Startup Farm.
Há muitos desafios para o ecossistema de inovação e startups do Brasil. Nossos resultados são muito baixos no que tange à conectividade. Além disso, há outros pontos que o país tem pouca condição de vencer: falta acesso a talentos, a parcerias internacionais, a tecnologia de ponta, novos mercados, etc.
Qual seria a saída? Descentralizar. Os maiores avanços nos ecossistemas globais de inovação virão da descentralização, da distribuição de oportunidades, recursos e estrutura para que uma diversidade maior de startups, empresas e fundos também possa ter possibilidade de competir em cenário global.
É preciso se reorganizar e essa é a única saída para se manter relevante no mercado. Não estou falando apenas de adotar novas tecnologias, mas de uma transformação digital por completo. É uma mudança de mindset, repensando os processos para atuar de maneira enxuta e rápida. A chave é esquecer a burocracia e rápido e eficiente.
*Mestre e Doutor em Direito – Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional