O município de Marcolândia, a 410 km de Teresina, está sendo obrigado a comprar água em Pernambuco para poder atender as famílias que sofrem por conta da estiagem, que já dura três anos na região. De acordo com o prefeito Francisco Pedro de Araújo mais de 700 caminhões-pipa já foram comprados do município de Araripina, que fica a 20 km do Piauí.
“A estiagem tem sido cruel em Marcolândia e já chega há três anos. Araripina é nossa melhor alternativa e compramos mais de 700 caminhões de água já que a água que recebemos não é suficiente”, alertou o prefeito.
Segundo o gestor o exército brasileiro tem sido a principal fonte de água já que eles fazem o transporte de cerca de 18 carros-pipa por dia de Picos até o município. Picos tem sido o grande fornecedor de água para pelo menos quatro cidades da região, mas segundo ele, o manancial aquático da região já diminuiu em cerca de 12 metros.
A situação de Marcolândia se agravou após a seca do açude Tamboril que abastecia a região. Segundo o prefeito, foi feito um trabalho de retirada de areia do leito, mas ainda assim os níveis continuam insuficientes. “O açude secou e nós fizemos uma limpeza, tiramos muita terra dele mas ele continua seco”, explicou.
Para contornar essa situação, a prefeitura faz uso de máquinas de cavar poços conseguidas através de uma parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, que também não tem sido suficiente para manter o abastecimento.
“Graças a um convênio com o DNOCS temos uma máquina que cava poços lá, mas um poço nos fornece apenas de 800 a 1200 litros de água que dá apenas para os animais. A água para beber estamos usando de Picos. A gente apela a Deus porque água depende dele, tendo água para Marcolândia tem tudo”, declarou o prefeito.
Solução para o município de Marcolândia
Segundo o gestor o Governo Federal já tem um projeto que levará água da Barragem do Estreito para o município de Marcolândia e outros dois municípios. A obra está orçada em R$ 27 milhões e já está licitada mas não começou ainda porque o Governo do Estado precisaria entrar com uminvestimento de R$ 5 milhões e 400 mil, que até o momento não foi empenhada.
“O dinheiro está empenhado pela Codevasf, a obra já está licitada e deve começar no início do ano que vem por que o governo do Estado tem que botar R$ 5 milhões e 400 em contrapartida e a obra só não começou por conta desse dinheiro”, disse o prefeito.
Via: Cidade Verde