Orlando Ribeiro, um dos mais renomados atletas da considerada época de ouro do futebol amarantino (anos 60 e 70), está em Amarante para a confraternização dos ex-atletas, evento que será realizado neste sábado (28) a partir das 16h no Society Clube. O evento, encabeçado pelos times Fim de Vida x Pé na Cova, chega este ano à sua V Edição.
A encontro, idealizado em 2013 por Antonio Soares Ribeiro (Tota), Orlando Ribeiro (zagueiro Muralha) e pelo escritor Bebeto Soares, reúne anualmente a maioria dos grandes nomes da história do futebol de Amarante, dentre eles Walke Prado, Ismael de Araújo Costa, Lourival Vasconcelos (o Louro) e José Maria (Papagaio). Este ano, além do jogo tradicional entre Fim de Vida x Pé na Cova, está confirmada a participação de novos times, incluindo uma partida feminina com jovens atletas de Amarante e da comunidade Periperi. A segunda partida será montada com a participação dos quarentões, comandada pelo professor péricles.
“O tempo vai passando, as pessoas vão participando e a gente vai descobrindo outros valores. Os mais novos já estão integrados a esse evento trazendo sugestões para melhorar cada vez mais a confraternização. O futebol de veteranos é a parte principal, mas para que a festa fique mais bonita vamos ter um jogo preliminar de mulheres com as meninas de Amarante e Periperi, e depois teremos o jogo dos quarentões e, em seguida, o jogo principal entre Fim de Vida e Pé na Cova”, explicou Orlando.
Ainda em entrevista ao Somos Notícia, Orlando Ribeiro, também conhecido como Zagueiro Muralha, relembrou emocionado os momentos que mais marcaram sua trajetória de atleta do futebol e, principalmente, como amante da bola. “Eu nunca esqueço da minha melhor fase, que foi aos 16 anos. Uma equipe mais fluente pediu permissão para o meu pai […emocionado…] para que eu acompanhasse a seleção de Amarante (jogando). Dei conta do recado, e por aí começou a história do Orlando.”
Ele falou ainda aos novos atletas de Amarante sob forma de lição de vida acerca das experiências não aproveitadas e da maturidade deixada pelo futebol em sua vida.
“Se eu pudesse voltar no tempo, seria mais aplicado. No meu tempo, muita gente como eu, se desviou. Eu veria o esporte com mais responsabilidade. Eu faria mais feliz muito mais pessoas, a exemplo dos meus pais. O futebol me trouxe maturidade, deixando amigos marcados em toda a minha vida”, concluiu.
A entrevista encerra com uma declaração de amor do ex-atleta pelo futebol de Amarante. Segundo ele, a juventude não pode romper esse amor pela bola para que se fortaleça a história do futebol na cidade. “Esse amor pelo futebol ficou tão forte em mim, que eu considero como a maior lembrança da minha vida. Hoje seria muito importante que a juventude se dedicasse ao esporte, tivessem mais amor pela bola, e que as pessoas aproveitassem melhor essa prática pois é algo prazeroso, inesquecível e benéfico à saúde”
