Escândalo da Petrobras e votação da CPMF pautam confrontos entre candidatos

Política

O escândalo da Petrobras e as votações de Marina Silva (PSB) sobre a CPMF (contribuição sobre transações bancárias) pautaram os confrontos entre os principais candidatos à Presidência da República em debate realizado na noite deste domingo (28) pela TV Record.
Ao longo do debate, Dilma Rousseff (PT), Marina e Aécio Neves (PSDB) buscaram o confronto direto sempre que possível. Dilma fez duas perguntas a Marina e uma a Aécio. Já a candidata do PSB dirigiu um questionamento a Dilma e um a Aécio. O tucano só fez uma pergunta a Marina.
Aécio, Levy Fidelix (PRTB), Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL) citaram o escândalo da Petrobras para criticar Dilma. Por conta das referências ao governo, Dilma obteve um direito de resposta –outros três pedidos foram negados. A petista chegou a reclamar quando seu microfone estava desligado. “É um absurdo o governo ser atacado e eu não ter direito de resposta.”
Ao contrário do que tem feito na propaganda eleitoral, Aécio evitou confrontar Marina de forma acintosa. Em um momento, no entanto, criticou a adversária pelo seu passado petista.
O debate foi marcado também por ataques de Levy à população LGBT. O candidato associou a homossexualidade à pedofilia e pregou o enfrentamento aos gays.
Dilma questiona voto de Marina na CPMF
Em pergunta à candidata do PSB, Dilma afirmou que, ao contrário do que Marina disse em debate na TV Bandeirantes em agosto, ela nunca votou a favor da criação da CPMF, repetindo a tática usada pela propaganda petista, em inserções na televisão. Dilma também acusou Marina de mudar de partido e de posição repetidas vezes.
“A senhora mudou de partido quatro vezes nesses três anos. Mudou de posição de um dia para outro em temas extrema importância como a CLT, a homofobia e o pré-sal. No debate da Bandeirantes, a senhora disse que tinha votado a favor da criação da CPMF porque achava que era o melhor que se podia ter para a saúde. Qual foi mesmo seu voto, candidata, como senadora, na questão da CPMF?”, questionou Dilma.
Na resposta, Marina disse que mudou de partido “para não mudar de ideias e princípios” e afirmou que votou sim favoravelmente à criação da CPFM.
“A CPMF é um processo que começou em 93, com várias etapas. Nessas várias etapas, no momento em que foi a votação do fundo de combate à pobreza, que aliás foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria de recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro. Naquela oportunidade, tanto na comissão, quanto no plenário, votei favorável, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que a época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita”, disse Marina.
Na réplica, Dilma afirmou não entender como Marina “pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF”. Marina respondeu á petista que não tem a “lógica da oposição pela oposição e da situação raivosa”. “Nem da situação cega, que só vê qualidades quando há problemas. Eu tenho posição sim, eu votei a CPMF para o combate a pobreza.”
Na segunda pergunta que dirigiu a Marina, Dilma questionou a adversária sobre bancos públicos. A candidata do PSB se disse vítima de boatos. “Isso é mais um boato que está sendo dito em relação a nossa aliança, de que nós vamos enfraquecer os bancos públicos”. Dilma retrucou que “no programa de governo [de Marina] consta exatamente o contrário”.
Marina usa etanol para criticar Dilma
Quando foi sua vez de perguntar, Marina escolheu o etanol como assunto para criticar o governo federal.
“O setor de álcool combustível tem pago um alto preço no atual governo. Cerca de 70 usinas fechadas, 40 em recuperação judicial, perda de emprego, cerca de 60 mil empregos perdidos, mesmo depois do presidente Lula ter estimulado o setor. O que aconteceu para que você mudasse o rumo da política, causando tanto prejuízo econômico e desemprego no nosso país?”, perguntou Marina.

Dilma usou o maior tempo da resposta para tratar de políticas de geração de energia elétrica. “É muito difícil, extremamente difícil alguém querer solucionar o problema de energia elétrica baseado pura e simplesmente em energia que não seja a hidrelétrica.”
Marina afirmou que Dilma não respondeu ao seu questionamento e repetiu a pergunta. Na resposta, a presidente disse que a política do etanol no seu governou baseou-se em subsídios, financiamentos e desonerações.
Escândalo da Petrobras
Curiosamente, quem trouxe a Petrobras para o centro do debate foi Dilma, que perguntou a Aécio se ele tem intenção de privatizar a estatal. O tucano negou e falou em “reestatizá-la”. “Vou tirá-la das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar.”

Fonte:Bol

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