Dilma vai exigir explicações do Canadá sobre espionagem contra Minas e Energia

Política
A presidente Dilma Rousseff usou sua conta oficial no Twitter, na manhã desta segunda-feira, 7, para afirmar que vai exigir explicações do Canadá sobre as denúncias de espionagem contra o Ministério de Minas e Energia. "É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas", escreveu a presidente.

Reportagem do Fantástico desse domingo, 6, mostrou documentos secretos com informações sobre como a rede do ministério teria sido invadida pela agência de inteligência canadense. Teriam sido rastreados linhas de telefonia fixa e móvel, além de e-mails enviados por servidores da pasta. Os documentos foram apresentados por Edward Snowden, ex-agente da CIA e autor das denúncias de espionagem atribuídas à Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Documentos vazados por Snowden também indicam que Dilma e a Petrobrás teriam sido monitorados.

Para Dilma, a denúncia "confirma as razões econômicas e estratégicas por trás" do monitoramento das redes brasileiras. Ainda de acordo com a reportagem, o ex-agente teve acesso a essas informações durante uma reunião do grupo conhecido como Five Eyes (Cinco Olhos, na tradução livre), formado pelas agências de inteligência do Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. "Tudo indica que os dados do NSA são acessados pelos 5 governos e pelas milhares de empresas prestadoras de serviços com amplo acesso a eles", afirmou Dilma.

A rede da pasta que teria sido alvo de espionagem é a utilizada pelo ministro Edison Lobão para entrar em contato com as estatais Petrobras e Eletrobras, além da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e para falar com a própria presidente. "Embora o Ministério tenha bom sistema proteção de dados, determinei ao ministro [Edison] Lobão rigorosa avaliação e reforço da segurança desses sistemas", informou Dilma.

O teor das mensagens publicadas nesta manhã lembra o discurso da presidente na Assembleia-Geral da ONU, no fim do mês de setembro, quando fez duros ataques ao governo norte-americano. Dilma repetiu que práticas de espionagem atentam "contra a soberania das nações e a privacidade das pessoas e das empresas" e afirmou ser "inadmissível" entre países que desejam ser parceiros. "Repudiamos a guerra cibernética", disse.

Já na noite desse domingo, também no Twitter, Dilma voltou a afirmar que apresentará à ONU proposta de um marco civil internacional para governança e uso da internet. De acordo com Dilma, o documento será enviado assim que o projeto do Marco Civil da Internet, em tramitação há dois anos no Congresso, for aprovado. Depois das denúncias de espionagem contra a Petrobrás, no mês passado, a presidente cobrou celeridade na aprovação.

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