Desenho a lápis – Um lápis, uma tela e o poder da criatividade vêm transformando a vida profissional de Francisco Nunes (o Chapada), desde os 28 anos de idade.
Trata-se de um artista do município de Amarante que aos 31 anos vive nutrido do sonho de ser reconhecido nacionalmente, ganhando a vida com o dom de produzir desenhos em quadros.
Francisco Nunes passa horas todos os dias deslizando o lápis sobre uma superfície plana, dando formas em 3 dimensões a rostos humanos, a partir de fotos.
Com uma profissão que começou a lhe dar retorno financeiro a partir de 2013, Francisco disse ao Somos Notícia que o seu talento foi descoberto aos 8 anos.
“A minha habilidade eu descobri desenhando mapas na escola. Eu fazia muito bem o Mapa Mundi e outros mapas sem cobrar nada dos meus colegas”, disse Chapada, ao confirmar que não fez ainda nenhum curso de desenho.
“Os professores gostavam dos meus desenhos e iam mostrando para outros professores”, reforça.
Atualmente, Chapada se mostra feliz com a habilidade, mas confessa que para a sua realização profissional ainda falta conseguir um curso para aprimorar os conhecimentos e também um ateliê de desenhos.
“O meu desejo é fazer um curso, ter um ateliê de desenhos e poder ensinar a muitos jovens de Amarante o que eu sei fazer”, disse ele.
O artista, que aos oito anos já desenhava por diversão, passou de 2009 a 2012 sem produzir nenhum quadro, levado talvez pela falta de incentivos ou por não acreditar no trabalho como profissão.
Chapada começou a receber pelas artes que produzia, a partir de 2013 chegando certos quadros a custar R$ 200,00.
Atualmente, segundo ele, há uma lista de espera com aproximadamente 120 encomendas.
Francisco Nunes, que já produziu profissionalmente mais de 300 quadros, sendo o do poeta amarantino – Da Costa e Silva (foto acima), a sua maior relíquia, acredita que pode desenhar até 20 quadros por semana.
“Por ser o quadro que mais gosto (o de Da Costa e Silva), vou doar ao Museu Odilon Nunes. Eu levei quatro horas para fazer todo o trabalho”, encerra.
As telas feitas por ele, geralmente são entregues ao cliente em molduras adquiridas em Teresina.
A divulgação das suas obras é feita geralmente pelas redes sociais e WhatsApp. “Para quem não tem Facebook ou WhatsApp, eu pego o quadro e uma moto e saio apresentando a minha obra às pessoas da cidade, perguntando a elas o que acham e com quem se parece a pessoa do quadro”, encerra.
O artista de Amarante, depois de desenhar crianças, idosos, pessoas famosas, estudantes, profissionais de todos os gêneros, pensa também em produzir arte em paredes. A aquisição de equipamentos para trabalhar com grafites é outro passo que, segundo ele, é importante para a sua profissão.
Atualmente, Francisco Nunes é casado, tem uma filha, e mora com os pais na rua 13 de junho, próximo ao Polivalente de Ensino Médio.
Edição e postagem: Denison Duarte
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