Dezenas de milhares participam de eventos em Pyongyang no aniversário do início da Guerra da Coreia em 1950.
A Coreia do Norte realizou comícios em massa em Pyongyang condenando o “imperialismo” dos Estados Unidos e prometendo uma “guerra de vingança” enquanto o país comemorava o 73º aniversário da eclosão da Guerra da Coreia.
Cerca de 120.000 jovens e trabalhadores participaram das manifestações, que foram realizadas em toda a capital, informou a agência de notícias estatal KCNA na segunda-feira. Os secretários do governante Partido dos Trabalhadores da Coreia também compareceram.
As fotos mostraram um estádio lotado de pessoas, muitas delas vestindo camisas brancas. Alguns marchavam e socavam o ar com a mão direita. Outros seguravam cartazes com os dizeres: “Todo o continente americano está dentro do nosso campo de tiro” e “Os EUA imperialistas são os destruidores da paz”.
A Guerra da Coréia começou em 25 de junho de 1950, quando a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul em uma tentativa de reunir a Península Coreana sob Pyongyang. A invasão levou a uma guerra de três anos – colocando as tropas do norte apoiadas pelos soviéticos e pela China contra as forças das Nações Unidas lideradas pelos Estados Unidos – que mataram cerca de 2 milhões de pessoas.
O aniversário da guerra no domingo, que terminou em uma trégua em vez de um tratado de paz, ocorre após uma série de testes de armas pela Coreia do Norte, que possui armas nucleares, incluindo uma tentativa de colocar em órbita seu primeiro satélite espião militar. Esse esforço terminou em fracasso em 31 de maio, mas Pyongyang prometeu fazer uma segunda tentativa de lançamento em uma data não especificada.
A Coreia do Norte agora tinha “a arma absoluta mais forte para punir os imperialistas dos EUA” e os “vingadores nesta terra estão queimando com a vontade indomável de vingar o inimigo”, disse a KCNA.
A série de testes de armas deste ano incluiu o primeiro míssil balístico intercontinental de combustível sólido de Pyongyang, enquanto o líder Kim Jong Un segue em frente com seu plano de modernizar as forças armadas e desenvolver um arsenal de armas cada vez mais poderoso.
Kim justificou o acúmulo como necessário para a autodefesa da Coreia do Norte, apontando para exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e pelos EUA.
Em um relatório separado do Ministério das Relações Exteriores, a Coreia do Norte afirmou que os EUA estavam “fazendo esforços desesperados para desencadear uma guerra nuclear” e acusou Washington de enviar ativos estratégicos para a região.
As negociações de desnuclearização estão paralisadas desde 2019, quando uma cúpula de alto nível entre Kim e o então presidente dos EUA, Donald Trump, entrou em colapso por causa das sanções.
Com informações do site Al Jazeera
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