Camila Morgado posa para revista e detona preconceito: 'Nada a ver'

Camila Morgado posou para a edição de aniversário da revista “TOP Magazine” que chega às bancas nesta quarta-feira, 23. A revista escolheu como inspiração para o ensaio a estética de Helmut Newton, que também foi uma das bases usadas pela atriz para construir a personagem Maria Angélica, de “O rebu”. Nas fotos feitas no estúdio de Mauricio Nahas, em São Paulo, Camila aparece sensualíssima vestindo transparências, rendas e até um tapa-olho.

A atriz comentou sobre o temperamento de sua personagem na novela das nove. “Maria Angélica tem outras questões, como se vestir com a roupa que está na moda, com o esmalte, com o cabelo. Tem uma cena que ela se preocupa até com a calcinha que vai por. É muito interessante construir um personagem assim. E ela não tem muito noção de limite porque foi muito mimada, vem de uma família muito rica e a mãe dela (Vera Holtz) é daquelas que bebe até cair. Os valores das duas são ‘vamos beber, vamos nos divertir, porque a gente vai morrer daqui a pouco!'”, contou ela.

Camila também relembrou o papel gay que interpretou na minissérie “O canto da sereia”. “Eu acho que é muito bom poder ter esse espaço na TV e penso que tem que ter mais porque assim você vai tirando o preconceito das pessoas. Elas vão vendo que a questão de gênero não tem nada a ver com a sua escolha sexual, são coisas completamente diferentes. Eu acho muito importante falar isso na TV. Muito mesmo. Fiquei muito contente de ter feito um personagem como aquele. Se você não faz mal ao outro, se você não agride o outro, qual o problema de viver sua sexualidade feliz, cara? Ser livre na sua sexualidade. É tão importante isso. Nada a ver esse tipo de preconceito”, afirmou.

E completou: “Você paga os seus impostos, é um cidadão normal, comum como todos os outros. Então ainda ter essa questão, é uma coisa que me entristece. É muito bom ter um espaço, principalmente na novela, que é o nosso cartão, porque brasileiro tem sempre uma novela que marca. Somos criados pela teledramaturgia, não tem jeito. Esses tempos eu estava na Argentina com uns amigos e falamos“nossa! Como os argentinos leem! Eles têm mais essa cultura. A nossa é muito mais pela televisão”.