Os custos representam um terço do orçamento da Secretaria de Administração Penitenciária. Mas, mais surpreendente, eles equivalem ao dobro do que será gasto com comida, higiene e alojamento de todos os presos em São Paulo – são quase 200 mil deles.
A licitação deve ser lançada na semana que vem, e a ideia é instalar os bloqueadores de sinais nas trinta prisões entre novembro deste ano e março do próximo.
Os sistemas testados são um gerador de ruídos e um simulador de estação rádio base (ERB), e os gastos mensais com em cada um dos presídios ficarão entre 1 milhão e 3 milhões de reais. Entre os locais que receberão um dos sistemas, estão as prisões de Presidente Venceslau, Avaré e Guarulhos.
Os experimentos com as duas ferramentas vêm acontecendo desde o começo do ano, e terminaram no mês passado. De acordo com o governo e com as empresas que fizeram os testes, o vazamento do bloqueio de sinal foi resolvido, e ‘a precisão foi cirúrgica’, como afirmou o dono de uma das companhias à Folha.
A concorrência na licitação não se limitará aos dois sistemas, no entanto. Entrará também na disputa uma ferramenta que consiste em duas maletas portáteis, que também bloqueiam sinais de celulares e de internet sem fio.