diferença entre os testes de covid-19 Amarante

Biomédico de Amarante explica a diferença entre os testes de COVID-19; confira!

Amarante

O Somos Notícia entrevistou nessa quarta-feira (06), por videoconferência, o Biomédico Amarantino, Dr. Ricardo Teixeira, que é diretor-presidente da empresa LabMed e BioSaude, com sede respectivamente em Amarante e em Barras. Na conversa, ele destacou a diferença entre os tipos de testes para exames de covid-19, como também formas de contágio da doença.

O texto abaixo responde a questionamentos como: Qual é o tipo de teste mais barato e sua precisão nos resultados? Qual é o momento exato para o paciente fazer o teste? Há imunidade, uma vez que o paciente foi infectado e está curado? Quanto tempo o vírus fica ativo? Os testes rápidos são realmente eficazes? Quais as características dos testes moleculares e imunológicos?

O que diz o biomédico?

Nós temos dois tipos de testes, o molecular (RT-PCR) e o teste imunológico – este último pode ser feito por várias metodologias. A opção mais barata é o teste rápido – chamado imunocromatográfico.

O RT-PCR é conhecido como teste padrão-ouro (Gold Standard) por ter maior sensibilidade analítica, detectando diretamente a presença do vírus, por meio do seu material genético. O problema dele é o preço, pois é muito caro e necessita de mão de obra especializada para realizá-lo. Muitos dos grandes Laboratórios de Apoio (laboratório que dão suporte a pequenos e médicos laboratórios) estão realizando esse tipo de teste, porém, todos estão voltados a pacientes hospitalizados.

Tudo é muito novo em relação ao Sars-Cov-2, no entanto, já temos vários estudos sobre a curva de infecção do vírus, assim, sabemos que o vírus pode ficar sem provocar sintomas por até 7 dias, mas que em média provoca os primeiros sintomas no 2º-3º dia, podendo ficar ativo até o 24º dia. O RT-PCR apresenta uma sensibilidade maior que os demais testes. Sua coleta é realizada com auxílio de um cotonete, que é inserido no nariz ou garganta, buscando capturar partículas virais contidas nessas regiões, para que assim seja detectado, ou não, o RNA (material genético do vírus). A prioridade da realização desse teste, são pacientes hospitalizados, assim os Laboratórios de Apoio não estão pegando a demanda ambulatorial (pacientes sem internação hospitalar). Mesmo com a maior sensibilidade analítica, tem-se visto resultados falsos/negativos, o que provavelmente esteja relacionado ao ato da coleta, como também ter pouco vírus no nariz ou na faringe no instante da coleta, mas é muito raro isso acontecer.

Em relação aos testes imunológicos, que incluem o teste rápido, um dos problemas é exatamente a sensibilidade. Estes testes detectam a reação do seu corpo ao vírus. O Ser-Humano, ao ter contato com qualquer partícula estranha produz anticorpos específicos, as chamadas imunoglobulinas. No entanto isso não é imediato e pode levar tempo. Se você sentir os primeiros sintomas no dia 1º, no caso do Sars-Cov-2 (Novo Coronavírus), em média, seu corpo começará a produzir imunoglobulinas específicas no 7º ao 10º dia, assim, mesmo com o vírus ativo, nesse período, o teste dará um resultado falso-negativo, essa “janela imunológica” não deve ser negligenciada, não respeitar a janela imunológica pode trazer resultados duvidosos.

No entanto, na COVID-19, vemos também muitos pacientes assintomáticos, e se eu não sei qual foi o 1º dia de sintoma, porque eu os não tive, quando devo realizar o teste com segurança?
Mesmo não tendo os sintomas, você ainda produzirá os anticorpos (imunoglobulinas), como você não sabe o 1º dia de sintoma, você deve prevê qual dia você teve contato, ou se expôs a ambientes duvidosos, conte 14 dias e aí sim você poderá fazer o exame imunológico com segurança.
O que é detectado no teste rápido?

São detectados os anticorpos produzidos por você ao ter contato com o vírus. Temos principalmente 2 tipos diferentes de teste rápido, os testes que avaliam os Anticorpos Totais (teste disponíveis no primeiro lote comprado pelo Governo), que dão resultado positivo ou negativo. E os que avaliam as duas principais classes de imunoglobulinas, a classe IgM (anticorpo de resposta aguda a doença, de início rápido) e o IgG (anticorpo de memória, principal agente imunizador).

Assim, se o teste que detecta IgM e IgG, trará maiores informações ao paciente, informações como:
1 – Se você ainda está na fase inicial de replicação viral. (IgM Pos – IgG Neg);
2 – Se você já começou a produzir anticorpos de memória, porém ainda não saiu da fase de replicação. (IgM Pos – IgG Pos);
3 – Se você já saiu da fase de replicação e já se encontra imunizado com anticorpos de memória. (IgM Neg – IgG Pos);
4 – Se você ainda não teve resposta imunológica ao vírus, o que se configuraria em resultado negativo no teste. (IgM neg – IgG Neg).

Essas são respostas que nem sempre o teste de RT-PCR poderá responder, já sendo o Teste Imunológico eficaz nessa questão.

Não houve no mundo, até o momento, casos de reinfecção por coronavírus, pelo menos com reconhecimento científico. O que se comenta em rede social ou internet é fake news.
Está previsto para chegar na LabMed os testes que detectam IgM e IgG até dia 15 de Maio. Tenho corrido diariamente em busca deles para Amarante e para a nossa clínica em Barras. A compra dos testes é feita com antecedência e ainda sob demanda em razão do alto custo. Estamos fazendo um cadastro de reserva para quem estiver interessado em saber se teve ou não contato com alguém infectado.

A COVID-19 se tornou uma pandemia mundial. Enquanto a taxa de transmissão não diminuir para menos de 1 (um) caso por caso, não alcançaremos o “Efeito Rebanho”, esse efeito está relacionado com o maior número de pessoas imunizadas, ou seja, com seu IgG positivo, assim quanto mais gente tiver o IgG positivo, menos será transmitido essa doença, quando esse efeito chegar a uma taxa que cada pessoa infectada transmitam para menos de 1 (uma) (por exemplo: 10 infectados, transmitem apenas para 5 pessoas sadias) entraremos no efeito rebanho, e a doença irá ser absorvida pela população, e deixaremos de ter uma Pandemia, para no máximo ter uma doença sazonal.

Para a curva do coronavírus começar a cair, eu vejo que a gente precisa considerar o lado econômico, pois quanto mais alarga a curva da doença, mas a pandemia vai demorar, isso é fato. Por outro lado, quanto mais demorar, mais a Economia quebra, e em pouco tempo o governo não terá dinheiro para pagar médicos e demais profissionais da Saúde e o sistema de Saúde tende a diminuir sua capacidade. Na minha visão tem que abrir gradativamente o mercado, porém o grande problema é a educação do povo em usar máscara e manter a devida distância de 2 metros uma pessoa da outra. A distância é essencial, pois somente usar máscara não vai adiantar.

A LabMed comemora este mês o aniversário de 7 anos. Em alusão à data, a empresa está distribuindo máscaras personalizadas. Vale lembrar que toda máscara tem apenas duas horas para ser usada, devendo ser substituída – se for descartável, ou lavada se for de tecido.

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