Last updated on 19 de abril de 2025
Por volta das 8h45 desta quarta-feira (16), uma joalheria localizada na esquina das ruas Paissandu e Rui Barbosa, no Centro de Teresina, foi alvo de assalto. A ação rápida, que durou menos de um minuto, foi realizada por quatro suspeitos.
Imagens de segurança registraram o momento em que os criminosos, vestindo roupas escuras, bonés e máscaras, invadiram o estabelecimento. José Antônio, amigo das funcionárias, havia acabado de chegar à loja e foi imediatamente imobilizado com uma arma de choque. Além disso, ele foi ameaçado com uma arma de fogo. Segundo seu relato, os assaltantes o confundiram com um possível segurança do local.
Em seu depoimento, José Antônio detalhou o momento da abordagem: “Quando eu levantei a vista para a porta, eles já entraram. Um me deu um choque na cintura, o outro levantou minha blusa pra ver se eu estava armado e o outro veio com uma arma na minha cabeça”. Essa descrição oferece um panorama da violência e da ação dos criminosos durante o assalto.
Larissa Lima, filha da proprietária e funcionária da loja, também foi vítima da ação. Ela foi agredida fisicamente ao tentar esconder seu telefone celular. “Após eles terem pegado já umas joias e ter dado choque no meu colega, eles viram que eu tava mexendo no celular e o rapaz pediu. Só que eu tinha jogado o meu celular no chão. E aí foi o momento que ele pediu o celular e já foi me dando um tapa na cara. Eu peguei o celular da loja que não funciona e entreguei para eles”, contou Larissa, evidenciando o clima de terror durante o roubo.
A fuga dos assaltantes ocorreu de forma abrupta. O grupo se assustou e fugiu correndo da loja no momento em que uma vitrine foi derrubada, gerando um barulho que chamou a atenção de pessoas que passavam pela rua. “Um deles puxou a vitrine porque ele pensou que tinha rodinha como as outras. Como não tem, virou, caiu em cima da minha perna e fez muito barulho. Eles se assustaram com o barulho porque quando caiu, todo mundo que tava na rua olhou para dentro da loja para ver o que tava acontecendo”, relatou o amigo das proprietárias.
A proprietária da joalheria, Cruz Maria Lima, que atua há mais de sete anos no Centro de Teresina, expressou sua preocupação com a crescente violência na região. “A gente vive numa guerra todos os dias aqui nesse centro. Trombadinha, lanceira, é toda hora. É dia após dia a gente enfrentando bandido aqui no Centro. Não tem polícia aqui. Governo, prefeito nenhum tem interesse do Centro continuar funcionando. A gente que fica no milagre e na misericórdia de Deus. A gente tem medo de perder a própria vida. Isso aqui não é nada. Mas a vida a gente tem que resguardar. Isso é o maior patrimônio”, desabafou Cruz Maria Lima. Ela também criticou a ausência de policiamento permanente, questionando por que a segurança é reforçada apenas em dezembro.
A Polícia Militar demorou a chegar ao local. O primeiro grupo de policiamento apareceu de bicicleta cerca de meia hora após o assalto. “Depois de quase meia hora, chega uma polícia que ainda vem de bicicleta. A polícia de bicicleta e eles estavam passando por coincidência”, afirmou outra funcionária da loja, levantando questionamentos sobre a segurança na área central.
Os proprietários da joalheria registraram um boletim de ocorrência e solicitaram a realização da perícia no local do crime. Uma das armas de choque utilizadas pelos assaltantes foi deixada para trás. A Polícia Civil deve conduzir a investigação do caso. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado.
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