Em seu segundo mandato seguido à frente do governo fluminense, Cabral negou que a mudança de postura tenha a ver com a proximidade das eleições do ano que vem. Ele tenta emplacar seu vice, Luiz Fernando Pezão, à sua sucessão e especula-se que ele poderia disputar um cargo eletivo em 2014, o que ele negou.
"Não serei candidato a cargo em 2014", disse ele em entrevista no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. "Meu recuo, mudança não tem a ver com a eleição dele (Pezão). Não mesmo", garantiu.
Segundo Cabral, apontado como governador pior avaliado entre os 11 que foram analisados em pesquisa do Ibope para a Confederação Nacional da Indústria, a mudança foi inspirada na mensagem deixada pelo papa Francisco, durante sua visita ao Rio na última semana para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
"O papa tocou a mim. Fui deputado mais votado, governador mais votado, senador também… estava precisando de muita dose de humildade e não tenho medo de dizer isso", declarou Cabral.
Francisco pregou no evento mais altruísmo, solidariedade, compaixão e uma sociedade mais humanista e menos focada nos valores materiais e econômicos.
Cabral tornou-se alvo principal dos protestos no Rio de Janeiro desde a onda de manifestações que chegou a levar mais de um milhão de pessoas às ruas de todo o país em junho.
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