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Em meio a gambiarras, açougueiros de Amarante são obrigados a instalar medidores de energia

Amarante

A direção administrativa do Mercado Público de Amarante emitiu uma notificação no início de abril obrigando os açougueiros a instalar medidores de energia e também a assumirem as contas referentes ao consumo mensal.
Além da instalação do medidor, segundo os açougueiros, todos vão ter que pagar pelas despesas relacionadas à mão de obra.
A notificação gerou indignação nos donos dos boxes, que têm um prazo de até 30 dias para o cumprimento das determinações.

“Como é que nós vamos colocar nossos CPF’s na Eletrobrás se somos apenas inquilinos do mercado? Eles disseram que se a gente não aceitar, vão arrancar até as tomadas do lugar”, afirma o açougueiro Raimundo de Sousa Brito, conhecido por Popó, sentindo-se ameaçado.

Para o açougueiro Paulo César, que está em um dos boxes há 7 anos, o descaso sempre esteve presente.

“Isso faz tempo, desde que eles entraram na prefeitura. Nunca foi feito nada para melhorar essa situação. E agora eles dizem que nós é que temos que fazer isso, porque?”

O Somos Notícia esteve no local e constatou também a existência de fiação elétrica exposta no chão com emendas isoladas com sacos plásticos, além da existência de cabos suspensos com fios elétricos para fornecer energia aos boxes dos açougueiros.
Em contato com o diretor administrativo do mercado, Clemilton Nunes, o site foi informado que “a determinação para colocação dos medidores para que cada açougueiro pague sua conta de energia é da Prefeitura de Amarante”. “Eu não sou gestor, só cumpro ordens!”, disse ele.
O diretor considera que os gastos de quem tem freezers tem que ser por conta dos açougueiros.

“Não cabe ao município arcar com essa despesa. A energia é do Governo Federal”, afirmou o diretor ao dizer que o mercado de Amarante tem a taxa mais baixa de oito municípios que visitou, e que essa taxa não aumenta há oito anos.

Clemilton Nunes disse ainda que 70% dos usuários não pagam devidamente as taxas de energia.

“Quem pagava uma taxa equivalente a R$ 4,00, passou a pagar R$ 15,00; quem pagava R$ 8,00, passou a pagar R$ 30,00; quem pagou R$ 12,00, passou a pagar R$ 50,00”, conclui. Ele disse ainda que a decisão do aumento se deu em reunião do prefeito Luiz Neto com uma comissão.

Clemilton Nunes afirmou em entrevista que parte do mercado está sem energia elétrica em razão de um curto circuito provocado por um “gato” (desvio de energia) existente, segundo ele, desde a fundação do mercado.
O curto-circuito aconteceu há aproximadamente 15 dias, e danificou parte da rede do mercado. O prazo dado por ele para a correção do problema e retirada das gambiarras está entre 10 e 15 dias.

Os açougueiros vão acionar o Ministério Público

Uma audiência está prevista para a próxima quarta-feira(13) com a presença do Ministério Público no cartório de Amarante para tratar das determinações e dos riscos a que estão expostos os consumidores e donos dos açougues.
 
Edição, postagem e fotos: Denison Duarte
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