A investigação, iniciada em junho de 2012, já confirmou desvio de quase R$ 1,5 milhão. Porém, segundo o delegado titular da Defaz, Joerberth Nunes, esse valor pode chegar a R$ 5 milhões. “Um ex-funcionário da tesouraria do sindicato faz parte da quadrilha e era ligado a pessoas que funcionavam como laranjas. Entre eles, há um ex-conselheiro da entidade”, afirma. Não há indícios de participação de membros da direção do SindBancários no esquema.
O sindicato já ressarciu as 50 pessoas prejudicadas nos nove processos fraudados e deve entrar com uma ação após a finalização do inquérito para recuperar esse dinheiro. As ações investigadas ocorreram entre 2004 e 2012.
O presidente do SindBancários, Mauro Salles, explica que as suspeitas surgiram ao ser notada uma mudança no padrão de vida do funcionário. “Nós começamos a desconfiar ao ver as posses dele e uma elevação anormal nas contas-correntes da entidade em alguns processos trabalhistas coletivos. Aí, fizemos uma investigação interna e contratamos uma auditoria externa”, relata.
Nessa auditoria, foram identificadas irregularidades em pagamentos e em alguns processos, o que fez a entidade buscar a Defaz. A orientação da Polícia Civil é que os bancários que tiverem dúvidas sobre se têm algum dinheiro a receber devem buscar o sindicato pelo telefone (51) 3433.1200.