35 dias sem água – Depois de mais de 30 dias sem água em vários bairros de Amarante, aproximadamente 15 consumidores afetados com o problema foram reclamar da “situação de descaso” no escritório da Agespisa na manhã desta segunda-feira (21).
Após ouvir a situação explicada pelo diretor da Agespisa – José Ribamar, uma senhora de 73 anos, identificada como Maria Francisca do Nascimento, residente na rua Canindé – no bairro Escalvado, chorou encostada em um poste que fica em frente ao escritório.
“Há quase três semanas que não aguento mais. Estou com 73 anos e tem dia que não consigo nem me levantar, quanto mais ir buscar água”, disse a idosa, que está indo buscar água distante de casa.
O Somos Notícia foi informado que a perfuração do poço foi interrompida na última segunda-feira (14) por um defeito na máquina.
“Eu não posso fazer nada. Nâo posso dar nenhuma previsão de retorno da água. O pessoal da empresa ‘Tecno Poço’ disse que estaria chegando nesta segunda-feira para continuar a escavação. O jeito é esperar”, explicou o diretor José Ribamar.
A perfuração do poço foi iniciada há 19 dias, já alcançando mais de 83 metros de profundidade. O diretor disse que é necessário chegar a mais de 100 metros para dar por concluída a escavação.
A Agespisa assegurou ao Somos Notícia que não vai cobrar dos consumidores afetados os quase 40 dias sem o fornecimento de água.
“O pessoal que não consumiu, não é justo pagar a fatura. Fiz contato com a empresa e ela concordou em não gerar o talão de quem não alcançou 3 metros”, encerrou.
Em alguns bairros, principalmente na região central do munícípio, a água chega aos poucos nas torneiras, às vezes, chegando a faltar por completo durante o dia.
Os bairros mais afetados com a falta d’água são: Torre, Morro da Cruz, Amarante Novo, Pé de Pequi e parte do Cajueiro.
Nesses bairros, há moradores que estão há quase 40 dias sem água. O poço 3 – que fica por trás do escritório da Agespisa, segundo a empresa, “esbarreirou” no dia 16 de outubro, completando nesta segunda-feira, 35 dias sem água nas áreas mais afetadas.