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Zema defende sanções americanas contra Moraes e culpa Lula por tarifaço dos EUA

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que anunciará sua pré-candidatura à Presidência neste sábado (16), manifestou apoio às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em entrevista à BBC News Brasil, Zema afirmou que não vê interferência do governo americano no Judiciário brasileiro e responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.

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Zema comparou os EUA a um “cliente” estratégico, destacando que o país responde por 12% das exportações brasileiras. Para ele, Lula “deu todos os motivos” para a retaliação ao adotar uma postura que considera hostil: críticas sistemáticas aos EUA, descaso, ironia, questionamentos ao uso do dólar e aproximação com nações e líderes “nitidamente antiamericanos”.

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Apesar de defender a soberania nacional e rejeitar interferências estrangeiras, Zema classificou as sanções como “algo velado” e mais econômicas do que políticas. Reconheceu, no entanto, que a investigação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro influenciou a decisão americana. Na avaliação do governador, os EUA deveriam ter retaliado “as pessoas que provocam os problemas no Brasil”, e não imposto um “tarifaço” sobre o país.

Sobre o papel do deputado federal Eduardo Bolsonaro na articulação de sanções contra o Brasil, Zema discordou. “O Brasil é em primeiro lugar”, afirmou, ressaltando que o interesse nacional deve prevalecer sobre o de qualquer indivíduo.

Minerais estratégicos e cooperação de segurança

Zema sugeriu que o Brasil use sua posição de maior produtor mundial de nióbio como moeda de negociação com os EUA. O mineral é essencial para indústrias de alta tecnologia e defesa.

Em um cenário hipotético, o governador afirmou que, se o presidente americano Donald Trump declarar o PCC (Primeiro Comando da Capital) como organização terrorista, ele, como presidente do Brasil, aceitaria a vinda de militares dos EUA para combater a facção — desde que se tratasse de uma operação pré-acordada e soberana. Citou o exemplo de El Salvador, onde políticas de segurança rigorosas reduziram significativamente a criminalidade.

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