O aumento da área aberta ao público na Campus Party Recife está mostrando a importância de espaços como esse para jovens empreendedores. Além de inclusão digital, simuladores de avião de guerra, carros de corrida e games, Open Campus trouxe ao Centro de Convenções, em Olinda, várias startups que apresentam seus protótipos em busca de visibilidade. O Pernambuco.com escolheu três aplicativos que estão expostos nos estandes que buscam apoio de patrocinadores.
O aplicativo Safe, idealizado por seis alunos da Universidade Federal de Pernambuco, procura ajudar quem vive em grandes cidades a caminhar com mais tranquilidade. Através de um mapa colaborativo, a ferramenta coleta informações de locais de vulnerabilidade em que ocorrem assaltos, por exemplo. Utilizando uma das técnicas de gamificação, quem participa também concorre a medalhas.
O grupo reúne estudantes de Ciências da Informação, design. “Todo o tempo de criação durou cerca de um mês e ainda estamos aprimorando o app. Nosso objetivo aqui é divulgar, procurar incentivos e, principalmente, apresentar uma alternativa de segurança em locais que tenham um aglomerado de pessoas”, conta a estudante Ana Beatriz Sena, de 21 anos.
Outro projeto inovador procura melhorar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva. O aplicativo Deafhood nasceu de um projeto de faculdade e quer facilitar a conversa de pessoas surdas promovendo uma conversa rápida de perguntas e respostas. Ainda em fase de construção e, por enquanto em versão pré-alfa, o grupo chegou a realizar uma pesquisa na qual constataram que 90% da comunidade surda encontram dificuldades de comunicação com os próprios parentes.
“Percebemos que a relação entre mãe e filho fica dificultada pela falta de conhecimento de libras, por exemplo. Então nosso objetivo é melhorar esse feedback”, explica o estudante de matemática, Luis Mesquita, de 19 anos. O grupo está expondo a ideia no estande também em busca de parceiros e investimento.
Ainda na temática de acessibilidade, o grupo TCKE desenvolveu o que pode ser chamado de “GPS de supermercados” para cegos. A proposta é que o deficiente visual faça uma lista de compras, ainda em casa, e seja guiado ao fazer as compras por avisos sonoros e sonsoriais sobre onde encontrar o produto que deseja. “Percebemos que existe uma necessidade de independência para a pessoa cega. Através das nossas pesquisas percebemos que essa comunidade tem acesso a smartphones, então essa é a forma que pretendemos chegar até ela”, diz Álefy Matheus, que é gerente de marketing da equipe.
Fonte: Diário de Pernambuco