A tempestade que atingiu a costa norte da Líbia no último sábado(09) causou uma grande devastação no país. Apesar de 5.200 mortos já confirmados, a escala total da destruição ainda não está clara, mas estima-se que até 20 mil pessoas possam ter morrido, segundo o diretor do Centro Médico Al-Bayda, Abdul Rahim Maziq.
Dez mil pessoas foram declaradas desaparecidas por agências de ajuda oficiais, como o Crescente Vermelho Líbio. As agências de ajuda estão lutando para chegar às áreas isoladas e a reconstrução terá um elevado custo ao país.
A ajuda internacional está começando a chegar à cidade portuária de Derna, com países historicamente ligados à Líbia, como Turquia, Emirados Árabes Unidos e Egito, enviando médicos e ajuda em caminhões. A França está enviando um hospital de campanha e cerca de 50 militares e civis capazes de tratar cerca de 500 pessoas por dia.
De acordo com o The Guardian, a situação é caótica e a escala total da devastação ainda não está clara, mas estima-se que até 20 mil pessoas possam ter morrido. Os cadáveres ainda estão espalhados pelas ruas e a água potável é escassa. Famílias inteiras foram dizimadas pela tempestade e, dada a localização remota de algumas aldeias e a natureza rudimentar do governo municipal, levará algum tempo até que o número de mortos seja confirmado. Mas a escala da devastação parece ainda pior do que as autoridades previram inicialmente. O “mar despeja constantemente dezenas de corpos”, disse Hichem Abu Chkiouat, ministro da Aviação Civil na administração que dirige o leste da Líbia, acrescentando que a reconstrução custaria milhares de milhões de dólares.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) na Líbia disse na quarta-feira que pelo menos 30 mil pessoas foram deslocadas em Derna, a cidade mais afetada pela tempestade Daniel. A OIM acrescentou que 6.085 pessoas foram deslocadas em outras áreas atingidas pela tempestade, incluindo Benghazi, com o número de mortes ainda não verificado.
Aid agencies têm lutado para chegar à cidade de pouco mais de 100.000 pessoas. Com as estradas destruídas, foram necessários helicópteros, principalmente fornecidos pelo Egito. A impressão é que a operação internacional de ajuda de emergência foi lenta para entrar em ação, com a atenção focada no terremoto em Marrocos e especialistas levando tempo para perceber a escala do desastre.
O conflito político na Líbia já começou sobre como Derna ficou tão exposta aos danos causados pela tempestade Daniel. Musa al-Koni, membro do conselho presidencial líbio, disse que “não se esperava que esse furacão fosse tão forte e destrutivo a esse ponto, especialmente porque o país não havia testemunhado tempestades tão devastadoras antes”.
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Maj Gen Ahmed al-Mismari, porta-voz do Exército Nacional da Líbia, afirmou que suas unidades agiram dentro das primeiras horas da chegada da tempestade e cumpriram seu dever da melhor maneira possível. Ele disse que o povo líbio é paciente e acredita no destino e que o que aconteceu é destino de Deus, e que não responsabiliza ninguém, e que eles se consolam com esse número, que provavelmente aumentará nos próximos dias, mas as pessoas devem seguir as instruções emitidas.
Ele disse ainda que os líbios estão recebendo famílias deslocadas e que hotéis e escolas foram abertos para fornecer acomodação, enquanto as agências de desenvolvimento fornecem cobertura, medicamentos e serviços humanitários em meio à busca e resgate em andamento. Ele disse que o apoio está chegando por ar e mar, mas acrescentou que há pessoas ao sul da Montanha Verde sobre as quais pouco se ouviu falar.
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