A reconstrução do Museu Nacional vai custar R$ 15 milhões, pois 90% do acervo queimou no incêndio na madrugada de ontem. A informação é da vice-diretora do Museu, Cristiana Serejo.
“O valor seria para a parte estrutural, uma vez que o que foi perdido é insubstituível”, ressalvou ao dizer que o orçamento vem caindo desde 2015, passando de R$ 514 mil para R$ 314 mil.
“Sobrou parte do acervo dos invertebrados, o setor de vertebrados e botânica. Foram retiradas algumas cerâmicas, peças minerais e os meteoritos, talvez uns 10%”, estimou Cristiana. “A gente estava preocupado com incêndios. Tivemos problemas de falta de verba e de burocracia.”
Os detectores de fumaça, que poderiam evitar a tragédia, não funcionaram. Não havia porta anti-incêndio nem sprinklers e nem seguro contra incêndio, o acervo também não estava segurado.
A última restauração da fachada ocorreu em 2007 com verba da Petrobras, mas os recursos foram sendo minguados nos últimos anos em razão da crise.
O fóssil de Luzia, o mais antigo das Américas, está ainda sem informações, segundo Cristiana. Um caixa onde ficava o crânio não foi ainda localizada. As múmias egípcias queimaram e também o setor de entomologia, mas o laboratório de Paleontologia ficou intacto.
A vice-diretora acredita que a possibilidade é de reprodução das imagens que foram incendiadas com impressoras 3D. As verbas estão sendo pleiteadas não somente no governo federal, junto a empresas e também no exterior.
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