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Gravações da cabine da Air India apontam desligamento manual dos motores antes da queda fatal que matou 260

Gravações feitas na cabine do Boeing 787-8 indicam que dois interruptores de controle de combustível, normalmente usados para ligar ou desligar os motores em solo, foram alternados da posição “run” (ligar) para “cutoff” (desligar) logo após a decolagem, resultando na perda de potência de ambos os motores.

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Diálogo na cabine e falha de motores da Air India

Segundo o relatório, a gravação de voz da cabine revela um dos pilotos questionando o outro sobre o desligamento do fornecimento de combustível, com o segundo piloto negando a ação. A identificação das vozes não foi especificada. Na decolagem, o copiloto pilotava o avião, enquanto o comandante supervisionava. Embora os interruptores tenham sido revertidos, iniciando o processo de reinicialização, apenas um dos motores começou a recuperar a propulsão no momento da queda, enquanto o outro foi reativado, mas não chegou a se restabelecer.

A alteração da posição desses interruptores desliga os motores quase que imediatamente, cortando o combustível – uma ação geralmente reservada para o desligamento da aeronave no destino ou em raras emergências não mencionadas no relatório. O documento não aponta falhas significativas na aeronave ou nos motores, evitando recomendações específicas para operadores ou fabricantes do B787-8 ou do motor GE GEnx-1B, o que sugere um foco no fator humano.

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Tripulação apta e a tragédia do Voo 171

O voo 171 da Air India caiu em 12 de junho após decolar de Ahmedabad, na Índia, com destino a Londres. Dos 242 passageiros, 241 morreram, com apenas um sobrevivente a bordo, o britânico Vishwashkumar Ramesh89. A aeronave colidiu com um prédio que abrigava médicos em um bairro densamente povoado, vitimando mais 19 pessoas em solo.

O relatório do Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia atesta que, antes do embarque, a tripulação e os pilotos foram submetidos a testes de aptidão e passaram por um período de descanso adequado. Ambos os pilotos, de Mumbai, também fizeram teste do bafômetro, sendo considerados aptos para operar o voo. Archana Shukla, repórter da BBC Índia, destaca que a ausência de recomendações sobre a aeronave sugere o descarte da falha mecânica, mas mantém em aberto as questões sobre erro humano ou problema de software, com muitas perguntas ainda sem resposta para as famílias das vítimas.

Queda Air India

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