O único lugar em que não encontramos aglomerações é nas igrejas. Parece que a casa de Deus é o único lugar de respeito e obediência às recomendações da OMS. As Igrejas não tem necessidade de colocar segurança para controlar o acumulo de pessoas. De organizar filas para que o povo possa rezar (ou orar) e agradecer a Deus. Para arrependimentos, perdão e glorificação do Senhor.
É bem verdade, e é bom deixar claro que as igrejas (principalmente católicas) foram as primeiras a aderirem ao Plano de Salvação da Humanidade. Prontamente que os nossos pastores evitassem as aglomerações e que ficassem em casa. Eles mudaram tudo. Se adequaram aos recursos tecnológicos para continuarem a levar a palavra de Deus às Famílias.
Não resta dúvida que apesar do impacto inicial, os fiéis compreenderam a solicitação dos Pastores e obedeceram ao roteiro de programação estipuladas pelas paróquias e templos religiosos.
Inicialmente, houve um fervor, uma inquietação, até parecia que a pandemia ia contribuir fortemente uma sequência de conversões. O povo parecia sedento de Deus. O medo da doença gerou aflição, em determinados momentos pavor. Contudo, as igrejas continuam vazias, não precisou marcar distância e nem controle de entradas de fiéis para manifestação da fé.
Parece que é mais fácil, útil e oportuno deixar de abastecer-se espiritualmente pelo medo da pandemia que deixar de ir ao banco e ao supermercado para garantir o suprimento material. De uma certa forma clarividente que ainda estamos convencidos de que a falta da matéria mata o homem mais rápido do que aquilo que não se vê ou se conhece.
São poucos os que tem reclamado pela falta do alimento espiritual. Percebemos que o povo tem fome, mas fome de mundo, não fome de Deus. De uma certa forma já são mais de quarenta dias sem a Eucaristia, o alimento espiritual que revigora a fé de todo cristão católico. E ainda não ouvimos o clamor do Povo de Deus pelo maná da salvação.
Para a maioria da população, o isolamento traz mais danos à diversão que a oração. Distância do mundo e não traz falta de Deus. Se a Palavra e a Eucaristia é o alimento da fé do cristão (católico), como estamos alimentando a nossa fé, se as igrejas estão vazias?
Louvado seja para sempre o nosso bom Senhor Jesus Cristo!
Professor João Filho
Amarante (PI), 11/05/2020
