Durante a operação, os agentes da PF prenderam oito pessoas, entre elas um assessor do Ministério do Trabalho e sete membro de uma organização não-governamental (ONG). A polícia não divulgou os nomes dos envolvidos.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou em janeiro deste ano, em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU). Juntos, PF e TCU identificaram irregularidades nos repasses de R$ 47,5 milhões do Ministério do Trabalho para uma ONG de assistência ao trabalhador.
“O assessor fazia liberação do convênio. Verificamos uma relação muito próxima desse assessor com o gestor da ONG. Uma relação beirando a promiscuidade. Uma relação que não cabe: do gestor do dinheiro público com o tomador do dinheiro”, disse o delegado responsável pela investigação, Alberto Ferreira Neto. A quantia desviada deveria ter sido usada na criação e manutenção de centros públicos de empregos e qualificação de trabalhadores.
Os oito detidos ficarão em prisão temporária por cinco dias. Eles responderão por quatro crimes: corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode chegar a 37 anos.